Publicado em 17/03/2025 às 17h51.

Vereadora questiona anulação de leilão de áreas verdes na Barra

"Temos a obrigação de cobrar e o direito de saber como os recursos públicos estão sendo aplicados"

Rodrigo Fernandes
Foto: Assessoria/Aladilce Souza

 

A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) criticou, nesta segunda-feira (17), a anulação do pregão eletrônico para o leilão de áreas verdes na Barra. Em sessão ordinária na Câmara Municipal de Salvador (CMS), a edil questionou os motivos que levaram à invalidação do processo.

Nesta manhã, durante agenda que o bahia.ba acompanhou, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) justificou a anulação alegando uma falha no sistema, que teria impedido a chegada de lances de todos os interessados, comprometendo a obtenção de valores mais altos na venda dos terrenos.

“O prefeito disse que a área não prestava para nada e que desafiava quem quisesse debater sobre a importância daquela área. Estranhamente, no dia 14, sexta-feira, o prefeito anulou o leilão que, segundo ele, tinha arrecadado R$ 14 milhões. Confesso que fiquei impressionada, mas já está marcada nova data para daqui a 15 dias, sem qualquer explicação sobre a anulação”, questionou Aladilce.

Pedido de transparência

A líder da Bancada da Oposição na CMS protocolou, nesta segunda-feira, três projetos de lei visando dar transparência à gestão municipal e reduzir prazos para que os órgãos públicos sejam obrigados a fornecer informações solicitadas por vereadores.

“Fiscalizar o Executivo é uma das nossas missões. A administração pública não pode ser uma caixa secreta, cheia de mistérios guardados a sete chaves. Temos a obrigação de cobrar e o direito de saber como os recursos públicos estão sendo aplicados.”

Como exemplo, ela disse que ainda espera respostas sobre a chamada “passarela do apartheid” no Carnaval de Salvador 2025. “Não podem nos omitir informações, o povo merece respostas!”, completou a vereadora.

Áreas verdes afetadas

Aladilce também defendeu a realização de um amplo debate em Salvador sobre a gestão das áreas verdes, do meio ambiente e do planejamento urbano da cidade. A vereadora apresentou um levantamento sobre os leilões de áreas desafetadas na capital baiana.

“De 2014 até 2025, foram 117 leilões. Só no período do prefeito ACM Neto, foram feitos 62 leilões com 200 mil metros quadrados vendidos e apurados R$ 500 milhões. O pior de tudo é que nós não sabemos onde foi aplicado esse dinheiro”, advertiu a líder da oposição na CMS.

 

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