Publicado em 28/03/2025 às 13h59.

Alckmin aguarda até 2 de abril para definir resposta às tarifas impostas pelos EUA

Em discurso, presidente em exercício criticou a decisão de Trump, afirmando que Brasil deveria estar fora da tributação devido ao superávit comercial com os EUA

Redação
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (28) que o governo federal aguardará até quarta-feira (2) para definir quais medidas adotará em resposta às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Trump anunciou que as tarifas sobre os demais países entrarão em vigor em 2 de abril. “A partir de 2 de abril, adotaremos tarifas recíprocas. Não permitiremos mais que os Estados Unidos sejam explorados por outras nações. Não pagaremos mais subsídios de centenas de bilhões de dólares ao Canadá e ao México”, declarou o líder norte-americano.

A nova taxação inclui uma alíquota de 25% sobre as importações de aço e alumínio, afetando diretamente o Brasil.

“O Brasil e os Estados Unidos têm 200 anos de amizade e parceria. Contamos com quase 4 mil empresas americanas operando no Brasil, gerando empregos e riqueza. Em vez de restrições, deveríamos buscar ampliar nossa complementaridade econômica. Essa decisão nos parece um equívoco”, avaliou Alckmin.

O presidente em exercício está em Jaguariúna, São Paulo, para a inauguração da nova fábrica de medicamentos da Fresenius Medical Care.

“Vamos aguardar o dia 2 de abril, pois o Brasil não deveria estar sujeito a essa tributação. Na prática, os Estados Unidos mantêm um grande superávit comercial com o Brasil”, acrescentou Alckmin.

Segundo dados do governo norte-americano, ao longo de 2024, a indústria brasileira exportou cerca de 4 milhões de toneladas de aço para os Estados Unidos, o que representa 15,5% das importações totais do país.

As negociações sobre as tarifas impostas por Trump ao Brasil estão sendo conduzidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Alckmin tem mantido reuniões com representantes da Casa Branca para tratar do assunto.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.