Publicado em 23/08/2025 às 16h32.

Alckmin diz que Brasil negocia fim do tarifaço com EUA

Vice-presidente afirma que, se depender do governo brasileiro, sobretaxas poderiam acabar “amanhã”

Redação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou neste sábado (23) que o Brasil segue negociando com os Estados Unidos a redução de tarifas sobre mais produtos e declarou que, se depender do governo brasileiro, o tarifaço “acaba amanhã”.

Durante visita a uma concessionária em São Paulo, Alckmin comemorou o impacto do IPI zero e o aumento nas vendas de veículos. Ele também destacou a retirada de itens com aço e alumínio da lista de sobretaxas americanas, que passam a ser enquadrados na Seção 232, com a mesma alíquota aplicada a outros países, exceto Estados Unidos e Reino Unido.

“Isso melhora a competitividade de tudo o que tem aço e alumínio: máquinas, retroescavadeiras, motocicletas, produtos industriais”, afirmou.

O vice-presidente anunciou ainda a ampliação do plano de contingência para empresas atingidas pelas tarifas. O BNDES elevou de R$ 30 bilhões para R$ 40 bilhões o volume de crédito disponível. “Vamos atender mais empresas, mesmo aquelas que não exportam tanto”, disse.

Negociações continuam

Alckmin reforçou que o diálogo com a Casa Branca permanece aberto e que existe espaço para ampliar a lista de isenções e reduzir alíquotas de outros produtos. “O trabalho é esse: diálogo e negociação. Sempre tem espaço para entendimento”, afirmou. Questionado sobre possíveis contrapartidas, ele não descartou incluir combustíveis nas conversas.

O vice-presidente também mencionou outras áreas de cooperação, como biocombustíveis, minerais estratégicos e o mercado de Cbios, que envolve empresas americanas.

Alckmin informou que viajará ao México na próxima terça-feira (27) para fortalecer a parceria comercial entre os dois países. Segundo ele, o superávit brasileiro na balança com os mexicanos indica potencial de crescimento em setores como energia, agroindústria, biocombustíveis e equipamentos médicos.

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