Publicado em 24/07/2025 às 20h20.

Alckmin reforça diálogo com os EUA e defende solução urgente para tarifa de 50%

Expectativa de Brasília é resolver a questão antes do início da cobrança da nova tarifa

Redação
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

 

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (24) que o governo brasileiro segue empenhado em buscar uma solução negociada com os Estados Unidos para evitar a aplicação da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente norte-americano Donald Trump, está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

Após reunião do comitê interministerial criado para tratar do tema, Alckmin revelou que teve uma “conversa longa e importante” com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick. Segundo ele, o Brasil continua aberto ao diálogo. “Nós nunca saímos da mesa de negociações. Apresentamos nossas preocupações e reforçamos o interesse em uma solução que beneficie ambos os países”, disse o vice-presidente.

De acordo com Alckmin, a orientação do presidente Lula é evitar a politização das tratativas. “A negociação não deve ser contaminada por vieses ideológicos. Queremos resolver a questão comercial, aumentar a integração produtiva e os investimentos mútuos, discutir a não bitributação e construir uma agenda positiva para os dois lados”, declarou.

O governo brasileiro ainda aguarda uma resposta formal à proposta confidencial enviada aos norte-americanos em 16 de maio. O documento enumera pontos em que seria possível avançar no acordo comercial. Como não houve retorno, o Brasil entregou esta semana um novo ofício, assinado por Alckmin e pelo chanceler Mauro Vieira, cobrando posicionamento oficial do governo dos Estados Unidos.

A expectativa de Brasília é resolver a questão antes do início da cobrança da nova tarifa. No entanto, Alckmin não descartou um possível pedido de adiamento. “Queremos uma negociação urgente. Se for necessário prorrogar o prazo para que a solução seja construída, não vemos problema. Mas o fundamental é resolver”, afirmou.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.