Publicado em 27/09/2025 às 11h28.

Alckmin vê encontro de Lula com Trump com ‘otimismo’

Vice-presidente destaca esforço do governo brasileiro e espaço para avanços em tarifas e comércio

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PRlckmi

 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump, nesta semana, representa um primeiro e importante passo para destravar as negociações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. Segundo ele, a data da reunião ainda não está definida, mas o governo brasileiro mantém otimismo.

“Essa boa sinalização do presidente Trump e do presidente Lula foi um passo importante. Agora, precisamos avançar para reduzir a alíquota e retirar mais produtos da taxa de 50%”, disse Alckmin em entrevista ao apresentador Datena, na Rede TV. Ele ressaltou que no encontro em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, foi criada uma boa sintonia entre os líderes.

O vice-presidente explicou que a definição de data para a reunião depende de alguns ajustes e deve ocorrer em questão de dias. Alckmin destacou ainda que há amplo espaço para tratar de questões não tarifárias, como minerais estratégicos e data centers.

Alckmin reforçou que não há qualquer relação entre decisões da Suprema Corte e a política regulatória de importações, criticando críticas sobre aumento de impostos. Ele também citou que uma recente ordem executiva de Trump zerou tarifas para produtos brasileiros como celulose, ferro-níquel e herbicida, representando cerca de 4% das exportações do país para os EUA, equivalentes a US$ 1,7 bilhão.

Além disso, o vice-presidente comentou que o acordo entre Mercosul e União Europeia serve como referência para negociações com os EUA e reforça a mensagem de que livre comércio e multilateralismo são possíveis, mesmo em um contexto global de tensões comerciais.

Por fim, Alckmin elogiou Lula pelo foco no diálogo e na negociação: “O presidente Lula tem uma habilidade natural para isso. Ele constrói consensos, luta pelos trabalhadores e, ao final, consegue acordos. Esse é o caminho”.

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