Publicado em 13/01/2023 às 15h16.

Alexandre de Moraes abre inquérito contra Ibaneis Rocha e Anderson Torres

Governador afastado e ex-secretário vão responder pelas condutas adotadas durante os atos antidemocráticos de domingo (8)

Redação
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, abriu inquérito contra o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres. A Suprema Corte vai apurar a conduta de ambos durante o vandalismo promovido por radicais antidemocráticos no último domingo (8). A decisão do magistrado atende a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Também serão investigados o ex-secretário interino de Segurança Pública do DF, Fernando de Sousa Oliveira, e o ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira, que já se encontra preso por ordem de Moraes. Torres também teve a prisão decretada, mas está fora do país e ainda não retornou ao Brasil para se apresentar à Polícia Federal, como prometeu nas redes sociais.

No despacho, Alexandre de Moraes destacou áudio de Fernando Oliveira, que comandava a SSP-DF no dia dos atentados, orientando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Outro indício foi o fato de o titular da SSP-DF na ocasião, Anderson Torres, ter exonerado toda a cúpula de segurança do DF e depois ter viajado para os Estados Unidos, dias antes do ataques.

“Mesmo ciente do iminente risco e tendo o dever de adotar providências para evitar os fatos do dia 8, dada a pública e notória chegada de dezenas ou centenas de ônibus a Brasília conduzindo manifestantes que declaradamente afrontariam os Poderes da República objetivando a ruptura do Estado de Direito, a imprensa noticiou que o governador Ibaneis Rocha, na véspera dos fatos, dia 7 de janeiro de 2023, havia liberado manifestações na Esplanada dos Ministérios”, escreveu Moraes.

O ministro afirmou também que a “democracia brasileira não será abalada, muito menos destruída, por criminosos terroristas. A defesa da democracia e das instituições é inegociável”, acrescentando que “absolutamente todos serão responsabilizados”. Com informações da Agência Brasil

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