Publicado em 01/09/2025 às 09h41.

Aliados orientam Bolsonaro a assistir seu julgamento de casa

Julgamento do ex-presidente no STF começa nesta terça-feira (2)

Redação
Foto: Ton Molina/STF

 

Médicos, familiares e advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vêm o orientado para que ele não compareça às sessões de seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que começa nesta terça-feira (2). Bolsonaro é julgado por tentativa de golpe de Estado após ter perdido as eleições presidenciais de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do jornal O Globo e do portal InfoMoney.

A saúde debilitada do ex-presidente é o principal argumento usado por seus aliados, que desejam que ele assista remotamente às sessões de casa, onde está em prisão domiciliar desde o início de agosto. A palavra final, no entanto, ainda cabe ao próprio Bolsonaro, que pode decidir ir à Corte como uma “demonstração de força” à militância.

Nos últimos dias, segundo aliados, o ex-presidente apresentou novas crises de soluços e vômitos em decorrência de uma esofagite. Aliados do ex-presidente, como o secretário-geral do PL, senador Rogério Marinho (RN), líder da oposição na Casa, dizem que sequer vão se inscrever para representar Bolsonaro na sessão que pode traçar o seu futuro.

“Vou acompanhar o julgamento do Senado, sabendo que o relator já prejulgou a ação. Bolsonaro tem o meu apoio e a minha solidariedade. Acredito que a única opção de mudarmos o jogo é no parlamento com a anistia”, afirma.

No sábado (30), seu filho “03”, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), detalhou o estado de saúde do ex-presidente. “O velho está magro, não tem vontade de se alimentar e segue enfrentando intermináveis crises de soluço e vômitos. Dói demais ver tudo isso, mas sinto como obrigação compartilhar um pouco da realidade do momento com todos que estão sofrendo junto conosco”, escreveu no X.

Um ato simbólico, organizado pelo líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), deve pedir na reunião de líderes, marcada também para esta terça, que a anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 seja pautada. A pauta enfrenta a resistência e críticas de partidos de centro e, principalmente, de esquerda.

A ação penal envolvendo o “núcleo 1” da trama golpista inclui, além de Bolsonaro, Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Eles respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, deterioração de patrimônio público e dano qualificado a patrimônio da União — Ramagem teve a acusação referente aos dois últimos crimes suspensa.

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