Publicado em 12/12/2019 às 15h52.

Ao criticar Porta dos Fundos, Isidório cita atentado a jornal francês

“Doze mortes na defesa da fé muçulmana. Toda ação causa uma reação e não desejamos isso para o Brasil", discursou deputado federal, pré-candidato a prefeito de Salvador

Rodrigo Aguiar
Foto: Roberto Viana /Ag. Haack/bahia.ba
Foto: Roberto Viana /Ag. Haack/bahia.ba

 

Pré-candidato a prefeito de Salvador, o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) prometeu acionar o Ministério Público Federal (MPF) para tirar do ar o especial de Natal do Porta dos Fundos, que estreou na última semana na Netflix.

No vídeo, Jesus, interpretado por Gregório Duvivier, leva para casa um amigo, interpretado por Fábio Porchat, com quem vive um romance gay.

Em pronunciamento na Câmara dos Deputados, Isidório protestou contra a peça e citou o atentado terrorista ao jornal satírico francês Charlie Hebdo, no qual doze pessoas foram mortas, em janeiro de 2015.

“Na França, um jornal teve resposta por desrespeito religioso a países muçulmanos. Doze mortes na defesa da fé muçulmana. Toda ação causa uma reação e não desejamos isso para o Brasil. Não me calarei, mesmo com retaliações. Defenderei o Evangelho de Cristo, seu povo e a Bíblia sagrada. […] Onde vamos chegar, senhor presidente? Vamos aguardar o sangue na canela nesta nação?”, discursou o deputado (veja ao final).

Nesta quinta-feira (12), Isidório voltou a se manifestar sobre o assunto, no Facebook. “O vídeo agressor tem 46 minutos e foi feito para ofender o símbolo maior da nossa fé, sugerindo uma relação homossexual entre Jesus e Satanás. Tudo tem limite! Usar a liberdade de expressão para ferir a liberdade religiosa é crime e deforma profundamente o autêntico conceito de arte”, escreveu.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.