Publicado em 12/01/2023 às 08h56.

Apesar de priorizar ‘quem comeu sal’ com o PT na campanha, Jerônimo não descarta volta do PP

‘Já começamos um diálogo com alguns partidos que não nos apoiaram em nenhum dos turnos’, disse o governador

Fernanda Chagas / Jamile Amine
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

Citando a música de Flávio José, no “amanhã” da política “pode acontecer tudo, inclusive nada”, e é nesse clima que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comenta a possibilidade de uma reaproximação com o PP, partido de João Leão, que foi vice na gestão de Rui Costa (PT) no Palácio de Ondina, mas deixou o “time” nas eleições de 2022 para se juntar ao rival, ACM Neto (União Brasil).

“Olha, o primeiro diálogo que nós fizemos na política foi com os partidos que tiveram conosco desde o início, no primeiro turno. Depois fizemos uma etapa dos partidos que chegaram ali entre o primeiro e o segundo turno. E vamos sim, estamos dialogando, mas já começamos um diálogo com alguns partidos que não nos apoiaram em nenhum dos turnos”, tangenciou o petista, ao ser questionado nesta quinta-feira (11), durante os festejos do Senhor do Bonfim, sobre o eventual retorno do PP à base do governo.

Sem afirmar e tampouco descartar a possibilidade, Jerônimo disse que vai manter as interlocuções políticas, mas ressaltou que as conversas se darão em ordem de prioridade. “Vamos continuar assim, sabendo quem foram os primeiros companheiros nossos, quem suou, quem comeu sal, como dissemos. Mas nós vamos ter que trabalhar uma agenda que possa respeitar a oposição, a oposição saber e conhecer que nós temos postura sobre alguns temas, mas vamos demarcar um espaço político durante os próximos quatro anos”, disse o governador da Bahia.

Ao comentar a Lavagem do Bonfim como termômetro político, Jerônimo Rodrigues fez questão de sublinhar que “o palanque já foi desarmado”, mas lembrou que um novo pleito está logo ali. “Nós temos daqui a dois anos uma eleição e daqui a quatro, mais uma eleição. É claro que a gente sabe respeitar a oposição, respeitar quem foi derrotado, mas temos a plena certeza que a humildade e a força vai prevalecer”, disse o petista, segundo o qual “a fé misturada com a política parece que fica melhor, porque a fé corrige, às vezes, a distorção da gente poder ter um coração pra governar a Bahia sem ódio, sem rancor”.

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