Publicado em 03/07/2024 às 08h44.

Apontado como operador de rachadinha, chefe de gabinete pagava contas pessoais de Carlos Bolsonaro

Jorge Luiz Fernandes pagou mais de R$ 27 mil em boletos do vereador entre 2012 e 2019

Redação
Foto: Caio César/ CMRJ

 

As suspeitas de rachadinhas no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro ganharam mais força.

De acordo com a jornalista Juliana Dal Piva, no ICL Notícias, relatórios da investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) apontam que o filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) costumava ter suas contas pessoais pagas sistematicamente pelo chefe de gabinete, Jorge Luiz Fernandes.

A análise bancária do vereador mostra pagamentos de boletos como faturas de cartão de crédito, plano de saúde, impostos e multas de trânsito. Segundo a publicação, foram encontradas 23 contas de Carlos e de pessoas ligadas a ele pagas por Fernandes entre os anos de 2012 e 2019, somando um total de R$ 27.929,66.

No mesmo período, entretanto, só foi identificada uma transferência online do vereador para o chefe de gabinete, em dezembro de 2011, no valor de R$ 8 mil.

De acordo com o ICL, os valores envolvidos podem ser ainda superiores, já que o Laboratório de Combate à Lavagem de Dinheiro e Corrupção do MP-RJ analisou por amostragem a movimentação atípica, sorteando aleatoriamente um número de documentos.

Assim como no caso envolvendo Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro (PL), o chefe de gabinete de Carlos é investigado por supostamente operar um esquema de rachadinha no gabinete do vereador. A partir da quebra de sigilos bancários, foi constatado que Jorge Luiz Fernandes recebeu mais de R$ 2 milhões de outros seis funcionários do “02” na Câmara.

A quebra dos sigilos fiscal e bancário de Carlos Bolsonaro e de seus assessores foi autorizada pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) entre 2005 e 2021. A 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada apura a suspeita de crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.