Após baixa popularidade, Centrão pressiona Lula a fazer reforma ministerial

Os políticos avaliam que está crescendo o risco de aliados perderem o interesse de assumirem ministérios

Redação

Integrantes do Centrão estão pressionando o governo para acelerar a reforma ministerial já confirmada pelo petista, após os resultados negativos divulgados pela última pesquisa Datafolha na sexta-feira (14).

Os políticos avaliam que está crescendo o risco de aliados perderem o interesse de assumirem ministérios, o que representaria um clima de mal-estar absoluto com os parlamentares. As pautas do governo dependem de uma base coesa para aprová-las.

De acordo com a Folha de São Paulo, a visão de que é preciso urgência na reforma ministerial se dá ainda por dois motivos: os que são cotados para as trocas estão há meses sangrando, sem uma definição, o que acaba ampliando o desgaste com aliados; e há o prazo de desincompatibilização do cargo, em abril do ano que vem, o que daria cada vez menos tempo para um eventual novo ministro no posto.

Conforme a reportagem, um aliado do presidente Lula aponta que o ideal é que o petista realize a reforma até o Carnaval, enquanto o Congresso ainda está em banho-maria. Senão, começará o ano Legislativo com mal-estar na base.

Para essas lideranças, a reforma ministerial deve ser mais ampla do que o que vem sendo cogitada, porque Lula está politicamente fragilizado e precisaria mostrar uma mudança estrutural em seu governo.