Publicado em 13/08/2025 às 12h36.

Após motim na Câmara, corregedor pode levar bolsonaristas ao Conselho de Ética

Em nota, o deputado baiano diz que "garantirá ampla defesa" aos 14 denunciados pela obstrução ao Legislativo

Redação
Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

 

O corregedor da Câmara dos Deputados, Diego Coronel (PSD-BA), acenou para possibilidade de individualizar as condutas dos colegas que participaram do motim bolsonarista que obstruiu os trabalhos do Congresso Nacional.

Já em nota divulgada à imprensa, o parlamentar baiano diz que garantirá a “ampla defesa” dos deputados durante a análise da conduta de cada um. A expectativa, conforme informações do site Valor Econômico, é que o tramite dure cerca de três a quatro meses. 

O caso, por sua vez, deve ser submetido ao Conselho de Ética da Casa, sob presidência do deputado Fabio Schiochet (União Brasil-SC). Ao todo, 14 deputados bolsonaristas foram representados na Corregedoria.

Um dos deputados que pode sofrer sanção é o Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS). Isso porque os dois foram os últimos a liberar a Mesa Diretora para a retomada dos trabalhos legislativos. 

Van Hattem, por sua vez, ainda impediu que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) ocupasse a cadeira para retomar a sessão legislativa.

O que diz Motta sobre o motim bolsonarista?

Em entrevista na manhã desta segunda-feira (11) à Veja, Hugo Motta falou sobre motim na Câmara dos Deputados, atuação de Eduardo Bolsonaro e taxação dos Estados Unidos sobre o Brasil. “O objetivo é colocar os interesses do país em primeiro lugar, não negociar nossa democracia, não negociar nossa soberania, proteger nossa indústria, nossos empregos e trabalhar para que a normalidade institucional possa voltar, mesmo entendendo toda essa complexidade do momento”, afirma.

Motta afirmou não ter preconceito com nenhuma pauta, mas discorda do motim. “Esse movimento da oposição foi completamente fora do razoável e fora daquilo que o nosso regimento permite. Isso é inaceitável”, disse. Segundo ele, mais de 400 parlamentares não concordaram com essa forma de obstrução, e as pautas que poderiam ter apoio, perdem força.

Por decisão unânime, a mesa diretora da Câmara dos Deputados encaminhou os pedidos de punição para a Corregedoria da Câmara, que analisará o comportamento de cada parlamentar que participou do movimento e tem um prazo de 48h para se manifestar . O resultado sobre a punição para 14 deputados do PL, PP e do Novo será apresentado ao Conselho de Ética da Casa.

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