Publicado em 07/03/2023 às 11h04.

Após reunião com Lula, Bruno encontra ministro nesta quarta para tratar de transporte

Segundo ele, serão discutidas soluções como subsídio, isenção de tributos e mudanças na legislação

Cássio Santana / Jamile Amine
Foto: Cássio Santana / bahia.ba

 

Após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta segunda-feira (6), o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB), informou que retornará a Brasília (DF) na quarta (8) com o propósito de discutir soluções para o transporte público com o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB).

“Levamos ao presidente qual é o quadro atual, em especial, do transporte sobre pneus, mostrando que a tarifa não remunera, não cobre mais os custos do sistema. Ouvimos dele que nós precisamos ter criatividade. Ele pediu que a gente sentasse com o ministro das Cidades, que é o responsável pela pasta, então eu vou voltar amanhã pra Brasília, pra ter um encontro com os prefeitos e com o ministro das Cidades, pra gente começar a formatar uma proposta em relação ao transporte público no Brasil”, declarou o gestor municipal em conversa com jornalistas, nesta terça (7), durante evento de assinatura de ordem de serviço para a requalificação do Pavilhão 2 de Julho, no Largo da Lapinha, na Liberdade.

Segundo Bruno Reis, o tema é “sem sombra de dúvidas” a “a principal pauta” dos municípios, e, por isso, no encontro com Jader Filho, assim como no encontro com Lula, ele e os demais membros da Frente Nacional dos Prefeitos irão discutir soluções viáveis para o setor. “[Vamos discutir] se é essa metodologia do subsídio, que tem que ser de forma permanente; ou se há outras iniciativas que o governo possa adotar, como isenção de tributos, apoio para aquisição de ônibus elétricos, mudanças na legislação que possam permitir que o transporte público possa se sustentar”.

Ainda ao comentar a agenda com o presidente, o prefeito de Salvador afirmou que foram tratados ainda assuntos como o refinanciamento da tabela do SUS, que segundo ele “não cobre nem o custo da execução” de determinados procedimentos; além do problema da demanda reprimida de cirurgias eletivas, consultas especializadas e exames.

“Foram abordados diversos temas, então, a criação do Conselho Federativo, onde as prefeituras teriam acesso pra discutir o novo pacto federativo do país. Abordamos a questão da reforma tributária, o governo vai encaminhar para o Congresso esta reforma e os prefeitos deram a sua opinião, principalmente mostrando a importância do ISS, que é o nosso principal tributo, e que nós não podemos perder mão do o controle da autonomia desse imposto que é fundamental pra gente gerenciar as nossas cidades”, pontuou.

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