Banco do Brasil denuncia Eduardo Bolsonaro à CGU após posts em redes sociais

Segundo o banco, os conteúdos incentivam a retirada de recursos por parte dos correntistas e podem comprometer a confiança no sistema financeiro

Redação

O Banco do Brasil (BB) encaminhou uma denúncia à Advocacia-Geral da União (AGU) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por publicações consideradas falsas e prejudiciais à instituição. Segundo o banco, os conteúdos divulgados nas redes sociais do parlamentar incentivam a retirada de recursos por parte dos correntistas e podem comprometer a confiança no sistema financeiro.

De acordo com o ofício enviado pelo BB, as publicações começaram na última terça-feira, 19, e se intensificaram no dia seguinte. Em um dos vídeos, Eduardo Bolsonaro afirma que “o Banco do Brasil vai ser cortado das relações internacionais, o que o levará à falência”. A instituição classifica a declaração como inverídica e com potencial de gerar instabilidade.

Em nota à imprensa, o Banco do Brasil informou que adotará “todas as medidas legais cabíveis” para preservar sua imagem e a segurança dos clientes. “O Banco acompanha o surgimento de algumas publicações inverídicas e maliciosas que disseminam desinformação em redes sociais, com o objetivo de gerar pânico e induzir a população a decisões que podem prejudicar a sua saúde financeira”, destacou o comunicado.

A repercussão também chegou ao governo federal. No sábado (23), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou as declarações e os movimentos nas redes. Para ele, a estratégia faz parte de um ataque coordenado. “Tem acontecido um ataque ao Banco do Brasil por parte do bolsonarismo. Há bolsonaristas na rede social defendendo saques de valores do Banco do Brasil, por exemplo”, disse, sem citar diretamente o deputado federal.

O Banco do Brasil reiterou que segue sólido, com índices de liquidez e capital acima das exigências regulatórias, reforçando que a disseminação de boatos pode configurar crime contra o sistema financeiro. A denúncia agora está sob análise da AGU e poderá resultar em medidas administrativas ou judiciais contra Eduardo Bolsonaro.