Publicado em 28/11/2024 às 11h13.

Bolsonaro admite possibilidade de pedir refúgio em embaixada caso seja preso por tentativa de golpe

"Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá", afirmou o ex-presidente

Redação
Foto: Alan Santos/PR

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu a possibilidade de buscar refúgio em alguma embaixada no Brasil, caso venha a ser preso após eventual condenação pela participação na tentativa de golpe de Estado de 2022, Bolsonaro afirmou que “Embaixada, pelo que vejo na história do mundo, quem se vê perseguido, pode ir para lá”, disse em entrevista ao UOL.

“Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado”, completou, sugerindo que sua eventual prisão estaria ligada aos eventos após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante a entrevista, Bolsonaro reconheceu que, após a eleição de 2022, discutiu com os comandantes das Forças Armadas “artigos da Constituição” e o processo eleitoral, mas alegou que a ideia de questionar os resultados foi “abandonada”.

O ex-presidente também negou ter conhecimento de um plano, segundo a Polícia Federal, que visava prender ou até matar o presidente eleito Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A PF concluiu que Bolsonaro foi uma das principais lideranças da tentativa de golpe, embora o plano não tenha ocorrido “por circunstâncias alheias à sua vontade”.

O inquérito da PF, entregue ao STF e tornada pública pelo ministro Moraes, aponta que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio direto e efetivo” sobre os atos executórios realizados pelos envolvidos no esquema. Ao todo, 37 pessoas foram indiciadas por três crimes: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, cujas penas podem variar de 12 a 28 anos de prisão, sem contar os agravantes.

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