Bolsonaro cogita Michelle ou Eduardo como candidatos, mas insiste em disputar 2026
Apesar de inelegível e réu por tentativa de golpe, ex-presidente afirma que irá "até o último segundo" e pressiona aliados a contestar decisão do TSE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível e réu sob acusação de envolvimento em tentativa de golpe de Estado, sinalizou possíveis nomes de sua base para disputar a Presidência da República em 2026. Apesar disso, ele se recusa a deixar a disputa e mantém esperanças de reverter sua situação. Entre os nomes mencionados estão sua esposa, Michelle Bolsonaro, e seu filho Eduardo Bolsonaro, deputado federal.
“A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? No meu entendimento, foi uma primeira-dama exemplar. É mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população”, declarou Bolsonaro.
Em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (14), o ex-presidente comentou: “Então ela pode ser candidata? Não sei. O outro é o Eduardo, que está nos Estados Unidos, que aparece em pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá. Eu não posso bater o martelo agora”.
Bolsonaro reafirmou que mantém esperanças de disputar a eleição presidencial de 2026. “Vou até o último segundo”, disse. Ele também criticou sua inelegibilidade, apontando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, como responsável. “Costumo dizer: eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia. Isso que Alexandre de Moraes faz lá fora é conhecido como lawfare — Romênia, França, Estados Unidos. É para tirar de combate”, afirmou.
O ex-presidente cobrou de governadores aliados uma postura mais firme na defesa de sua elegibilidade, sugerindo que questionem publicamente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Não é estratégia política, vou até o último segundo. Michel Temer até entrou nessa questão. É direito do Michel Temer, ninguém que entrou na política esquece. Mas gostaria, não posso obrigar, que os governadores falassem: ‘Bolsonaro está inelegível por quê? Essas acusações valem?’”, questionou.
Na noite de terça-feira (13), a defesa de Bolsonaro solicitou ao ministro Alexandre de Moraes o cancelamento de audiências com testemunhas no processo relacionado à tentativa de golpe. Os advogados alegaram não ter tido tempo suficiente para analisar as provas apresentadas pela Polícia Federal.
Após passar 21 dias internado em Brasília no mês de maio para uma cirurgia de desobstrução intestinal, Bolsonaro afirmou estar pronto para retomar sua agenda política. Sua primeira aparição pública após a internação foi no último dia 7, em um ato pró-anistia ao lado de apoiadores, mesmo com recomendações médicas para evitar aglomerações.
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