Publicado em 21/01/2025 às 07h22.

Bolsonaro critica Moraes por barrá-lo em posse de Trump e diz que pode fugir do Brasil

Ex-presidente também mencionou que contaria com o apoio de Trump para reverter sua inelegibilidade,

Redação
Foto: Alan Santos/PR

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a decisão que impediu sua participação na posse de Donald Trump, realizada na segunda-feira (20), em Washington. Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil no YouTube, nas críticas Bolsonaro afirmou que poderia fugir do Brasil, caso desejasse.

“Um juiz que é o dono de tudo aqui no Brasil. É o dono da sua liberdade. Ele abre inquérito, ele te ouve, ouve o delator. Ele é o promotor, ele é o julgador, ele encaminha o seu juiz para fazer parte de audiência de custódia, tudo ele! Tira teu passaporte. Ele pode fugir. Eu posso fugir agora. Qualquer um pode fugir”, afirmou Bolsonaro.

Na última quinta-feira (16), Moraes negou o pedido de Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos, alegando risco de fuga devido aos processos em andamento, incluindo investigações relacionadas ao golpe de 2022. O ex-presidente reafirmou, no entanto, que havia sido convidado formalmente para o evento, contrariando a decisão de Moraes, que havia questionado a veracidade do convite.

“Eu fui convidado. Toda a imprensa do mundo todo divulgou isso. Como a imprensa do mundo todo está divulgando que fui proibido de ir por causa de uma decisão de um juiz”, afirmou Bolsonaro, que também se emocionou ao comentar sua ausência na posse, compartilhando um vídeo de seu filho, Carlos Bolsonaro, que o registrou chorando sobre o evento.

Além disso, o ex-mandatário usou a entrevista para reiterar sua insatisfação com sua inelegibilidade e a falta de oposição política no Brasil. “Eleições, sem oposição, não é democracia”, disse, sugerindo que sua ausência na eleição de 2026 indicaria a ausência de um sistema democrático no país.

Bolsonaro também mencionou que contaria com o apoio de Trump para reverter sua inelegibilidade, embora não tenha detalhado como isso poderia ocorrer, e comparou sua situação à de Trump, que também enfrentou acusações de perseguição política.

O ex-presidente segue impedido de concorrer até 2030 devido a condenações no Tribunal Superior Eleitoral, relacionadas a ataques ao sistema eleitoral e ao uso político das comemorações do 7 de Setembro de 2022.

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