Publicado em 12/03/2025 às 13h35.

Bolsonaro defende anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro e prioriza projeto de lei

Ex-presidente reafirma que não tem relação com os ataques a Brasília e critica as condenações, enquanto Valdemar Costa Neto tem medidas cautelares revogadas

Redação
Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES/ @vinicius.foto

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apoiar, nesta quarta-feira (12), o projeto de lei que propõe a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Acompanhado pelo presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, Bolsonaro reafirmou que não tem qualquer envolvimento com as invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em Brasília, em 2023.

O ex-presidente destacou que uma das prioridades da direita no momento é avançar na tramitação da proposta de anistia para os condenados pelos atos.

“Uma das prioridades é o projeto do [Rodrigo] Valadares, para darmos andamento ao projeto de anistia. Não faz sentido. Temos órfãos de pais vivos. E que tipo de acusação é essa, meu Deus? Mães acordando sem seus filhos, condenados a 16, 17 anos de prisão. É um absurdo o que estão fazendo com essas pessoas”, afirmou.

Bolsonaro ainda afirmou: “Desde o começo, deixei claro que a anistia não era para mim. Se eu estava nos Estados Unidos, não depredei patrimônio nenhum. Esse é o erro inicial”, completou.

Na terça-feira (11), o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da defesa de Valdemar Costa Neto e revogou as medidas cautelares impostas ao presidente do PL. Com a decisão, Valdemar pode retomar o contato com Bolsonaro e militares, além de recuperar seu passaporte e a permissão para viagens internacionais. Seus bens apreendidos também serão devolvidos.

A defesa de Valdemar argumentou que ele não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no processo relacionado à tentativa de golpe de Estado, que envolve Bolsonaro e outras 33 pessoas.

“Segundo o processo criminal constitucional brasileiro, não há espaço para a manutenção de medidas cautelares sem um procedimento investigativo ou uma ação penal correlata”, justificaram os advogados.

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