Publicado em 19/02/2025 às 08h08.

Bolsonaro deve responder por tentativa de golpe, e ACM Neto, por omissão, diz Éden

Presidente do PT na Bahia afirma que, enquanto muitos políticos se pronunciaram sobre a acusação, o ex-prefeito “preferiu se calar”

Redação
Foto: Divulgação/Ascom PT Bahia/Assesoria ACM Neto

 

O presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, defendeu nesta quarta-feira (19) a responsabilização o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela acusação de tentativa de golpe de Estado nas eleições de 2022. O dirigente também criticou o que chamou de “omissão” do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil) por, segundo ele, silenciar sobre o caso.

“Bolsonaro deve responder pelas ações e ACM Neto pelas omissões. Desde a época em que o Brasil e o mundo ficaram estarrecidos com as revelações sobre a liderança de Bolsonaro na tentativa de golpe contra a democracia, o ex-prefeito de Salvador não deu uma palavra sequer. Agora, quando Bolsonaro é denunciado pela PGR e vemos tantas manifestações de políticos condenando as ações do ex-presidente da República, ACM Neto mais uma vez se cala”, afirmou Éden.

Nesta terça-feira (18), a PGR (Procuradoria Geral da República) denunciou o ex-presidente e mais 33 pessoas pela trama golpista, que foi revelada pela Polícia Federal. Bolsonaro é acusado por cinco crimes: organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Éden afirmou que, enquanto muitos políticos se pronunciaram sobre o caso, ACM Neto “preferiu se calar”.

“A turma de Neto e Bolsonaro são a mesma coisa na Bahia, mas o ex-prefeito prefere tentar esconder dos baianos porque sabe que aqui na Bahia há uma grande rejeição ao ex-presidente, que fez tão mal ao nosso estado e ao nosso povo. Mas, quando se cala, Neto deixa clara sua posição, que é sua aliança com Bolsonaro”, diz.

Em nota, a defesa de Bolsonaro disse que a denúncia é inepta e baseada em uma única delação a denúncia da PGR.

Ele refere-se a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do então presidente. “A inepta denúncia chega ao cúmulo de lhe atribuir participação em planos contraditórios entre si e baseada numa única delação premiada, diversas vezes alteradas, por um delator que questiona a sua própria voluntariedade. Não por acaso ele mudou sua versão por inúmeras vezes para construir uma narrativa fantasiosa”, disse o comunicado.

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