Publicado em 14/05/2025 às 14h30.

Bolsonaro diz ter discutido Estado de Sítio com militares em 2022: ‘Remédio constitucional’

Apesar da fala, o ex-presidente negou que tenha tramado por golpe de Estado, e que esteja envolvido com os ataques de 8 de janeiro

Redação
Foto: Marcos Corrêa/PR

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou nesta quarta-feira (14), em entrevista ao UOL, que discutiu a possibilidade de decretação de um Estado de Sítio com comandantes das Forças Armadas após o resultado das eleições de 2022. Apesar disso, ele negou que isso configurasse uma tentativa de golpe de Estado.

Segundo matéria do InfoMoney, Bolsonaro classificou o debate sobre o tema como uma “medida prevista na Constituição” e comparou sua situação com a da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que, de acordo com ele, também teria estudado o recurso em 2016.

“Não foi anormal discutir essa possibilidade. É um remédio constitucional”, afirmou. O ex-presidente alegou que, após a derrota nas urnas, havia uma preocupação com a “ascendência” do ministro Alexandre de Moraes sobre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que, na sua visão, colocava em risco a lisura do processo eleitoral.

O ex-presidente ainda defendeu que as conversas com militares foram uma “precaução legítima” diante da percepção de que o TSE tramaria contra ele. Apesar disso, Bolsonaro afirmou nunca ter ordenado a implementação de uma medida e que, em uma segunda reunião com aliados, o tema já foi descartado.

“Se eu houvesse planejado um golpe, não teria sancionado a lei que aumenta a pena para golpe de Estado”, declarou.

Bolsonaro ainda negou envolvimento nos ataques a Praça dos Três Poderes no dia 8 de Janeiro de 2023, em Brasília. Ele afirmou também que sempre pediu manifestações pacíficas em seus vídeos. Ele acusou militantes da esquerda de se infiltrarem nos protestos para gerar caos e prejudicar sua imagem.

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