Publicado em 05/11/2024 às 17h42.

Bolsonaro nega à CGU ter solicitado ajuda ao ex-diretor da PRF na eleição de 2022

O caso também é investigado pela Polícia Federal

Redação
Foto: Redes sociais

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) negou ter pedido apoio a ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques na campanha eleitoral em 2022. Em depoimento à Controladoria-Geral da União (CGU), nesta terça-feira (5), ele disse que não fez qualquer solicitação. O caso também é investigado pela Polícia Federal.

Por videoconferência, os investigadores ouviram Bolsonaro, no âmbito de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que apura uma suposta ordem para realização de bloqueios em rodovias para evitar o deslocamento de eleitores para locais de votação durante as eleições de 2022.

O ex-presidente é testemunha de defesa de Silvinei no processo, que tramita sob sigilo e pode levar à aplicação de uma advertência ou até mesmo à perda da aposentadoria de Silvinei.

Em agosto, a desembargadora Ana Cristina Ferro Blasi, da 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), mandou reabrir o PAD na CGU, a pedido da Advocacia-Geral da União (AGU). Silvinei conseguiu a suspensão do processo na Justiça Federal de Santa Catarina. O ex-diretor geral da PRF ficou quase um ano preso por, supostamente, tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para beneficiar Jair Bolsonaro.

Ele deixou a cadeia no início de agosto, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Silvinei e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres são suspeitos de restringir, impedir ou dificultar o exercício de direitos políticos. A pena prevista no Código Penal é de três a seis anos de prisão.

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