Publicado em 07/04/2025 às 06h47.

Bolsonaro nega tentativa de golpe e defende ‘ajuda externa’ durante ato em São Paulo

“Se eu estivesse no Brasil, teria sido preso ou até assassinado”, afirmou o ex-presidente

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram no domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo, para um protesto em defesa da anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro em Brasília. O ato, convocado pelo próprio Bolsonaro, reuniu manifestantes que pedem a aprovação de um projeto de lei na Câmara dos Deputados, para conceder anistia a condenados por atos antidemocráticos.

O ex-presidente, durante o discurso, voltou a se manifestar sobre o ocorrido em 8 de janeiro, negando qualquer envolvimento com tentativa de golpe. “Se eu estivesse no Brasil, teria sido preso ou até assassinado”, afirmou Bolsonaro, referindo-se à sua viagem para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022. Para o ex-presidente, sua ausência no país foi providencial. “Algo me avisou”, completou.

Em sua fala, Bolsonaro também se posicionou em defesa de Débora Rodrigues Santos, cabeleireira presa por envolvimento nos ataques golpistas e por ter pichado com batom a estátua “A Justiça” em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente criticou a atuação da Justiça e pediu mais atenção para o caso. Durante o protesto, manifestantes usaram batons, simbolizando o apoio a Débora, que já teve prisão domiciliar concedida.

A Procuradoria-Geral da República acusou Débora de adesão ao movimento golpista desde o fim das eleições de 2022 e de ter tentado apagar provas e prejudicar investigações.

Além de Bolsonaro, a manifestação contou com a presença de governadores do PL, como Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR), Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT) e Jorginho Mello (SC), além de autoridades como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

A fala de Bolsonaro também incluiu uma menção ao filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo e se mudou para os Estados Unidos alegando perseguição política. O ex-presidente revelou que tem esperanças de que a ajuda externa, por meio de contatos de Eduardo, possa trazer apoio ao movimento no Brasil.

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