Publicado em 20/02/2025 às 11h17.

Bolsonaro rebate críticas de Lula e minimiza denúncias sobre trama golpista

Ex-presidente afirma que ataques ao seu governo ocorrem quando Lula está “nas cordas” e classifica denúncia da PGR como “fantasiosa” e “inepta”

Redação
Foto: Tânia Rego/Agência Brasil

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu, nesta quinta-feira (20), as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo o ex-mandatário, “toda vez que Lula está nas cordas, coincidentemente, muitas coisas acontecem, sempre mirando o outro lado!”.

Nas redes sociais, Bolsonaro escreveu: “Toda vez que Lula está nas cordas (sem picanha, sem cervejinha, sem chicória, sem café, sem ovos, monitoramento do Pix, escândalos com ministros, gastos estratosféricos sem responsabilidade e o povo pagando aumentos exorbitantes de impostos sem o mínimo retorno), coincidentemente, muitas coisas acontecem, sempre mirando o outro lado!”

Nesta quinta-feira (20), durante entrevista na Rádio Tupi FM, no Rio de Janeiro, Lula afirmou que Bolsonaro deveria declarar sua inocência, em vez de pleitear anistia. “Quando o ex-presidente fica pedindo anistia, está provando que é culpado, que cometeu crime. Ele deveria estar falando: vou provar minha inocência. Ele deveria estar dizendo: sou inocente, vou provar minha inocência. Mas está pedindo anistia. Ou seja, ele está dizendo: gente, eu sou culpado, tentei bolar um plano para matar o Lula, o Alckmin, o Alexandre de Moraes, não deu certo porque tive uma diarreia, fiquei com medo, tive que voar para os Estados Unidos”, declarou o petista.

O Projeto de Lei (PL) da Anistia, amplamente defendido pela direita, visa conceder perdão às pessoas investigadas por participarem dos atos de 8 de janeiro de 2023. Para o ex-presidente, a anistia é uma questão “humanitária”.

Na última terça-feira (18), o ex-presidente Jair Bolsonaro foi denunciado pela Procuradora-Geral da República (PGR), juntamente com mais 33 pessoas. A investigação aponta para uma trama golpista no país, que teria o objetivo de manter o ex-mandatário como chefe do Executivo, mesmo após sua derrota na eleição presidencial de 2022.

As acusações contra Bolsonaro incluem:

  • Organização criminosa armada
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Golpe de Estado
  • Dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima
  • Deterioração de patrimônio tombado

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.