Publicado em 06/08/2025 às 12h32.

Brasil intensifica acordos com novos países para reduzir impactos do tarifaço

Sobretaxa de 50% sobre os produtos brasileiros anunicada pelos Estados Unidos entrou em vigor nesta quarta-feira, 6

Gabriela Araújo
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo vem intensificando as conversas com outros países para abrir novos mercados para mitigar os efeitos do tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos (EUA), que entrou em vigor nesta quarta-feira, 6.

“Estamos intensificando essa diversificação de investimentos, buscando comprar e vender produtos e trazer investidores de países diferentes para que, primeiro, o Brasil possa receber muitos investimentos, segundo, investimentos de nacionalidades diferentes para não ficar dependente de país nenhum”, disse Rui. 

Na busca pela expansão econômica do país, o ministro afirmou, durante entrevista à Rádio Princesa FM de Feira de Santana, na Bahia, que se reuniu com representantes chineses e indianos para discutir novas possibilidades de exportações. 

“Nesta semana, já me reuni com representantes de países como China e Índia para acelerar acordos de cooperação na área de pesquisa, ciência, tecnologia, cooperação na área comercial e investimentos mútuos”, disse o ministro, e ele ainda completou: 

“Estamos buscando reduzir, na medida do possível, burocracias e trâmites diplomáticos – inclusive promovendo encontros setoriais, presenciais e virtuais – com o objetivo de permitir que os atores econômicos interajam e identifiquem sinergias”.

Brasil se mobiliza contra tarifas de Trump

Rui ainda destacou que a gestão federal quer “dinamizar ainda mais a economia nacional e diversificar os destinos das exportações brasileiras”. Para elucidar a dinamização do mercado brasileiro em relação às importações de mercadoria, o ministro comparou o primeiro mandato de Lula em 2003 com a nova gestão do petista.

“Quando Lula assumiu seu primeiro mandato, em 2003, os EUA representavam mais de 25% das exportações brasileiras. Hoje, esse percentual caiu para 12%. Isso demonstra que o Brasil avançou na diversificação dos seus mercados e continuará nesse caminho, justamente para reduzir efeitos econômicos em cenários adversos”. 

Café e carnes mais afetados pelo tarifaço

Nesta quarta, as sobretaxas de 50% começam a valer para os seguintes produtos: carnes bovinas, pescados e café, sendo este o mais consumido pelo país de Trump. A medida é a mais alta cobrada pelo governo americano. 

Cerca de 35,9% das exportações brasileiras aos EUA serão afetadas, segundo estimativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

Na entrevista, Rui ainda minimizou os impactos do tarifaço no país. “O impacto do tarifaço americano é relevante, mas não é devastador. Muitos produtos que exportamos para os EUA podem ser facilmente redirecionados para outros mercados. É o caso da carne brasileira, reconhecida mundialmente pela sua alta qualidade”.

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Gabriela Araújo

Jornalista. Repórter de política, com experiência em assessoria de comunicação, social media e rádio. Bicampeã do Prêmio Jânio Lopo de Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal de Salvador (CMS).

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