Publicado em 21/03/2025 às 09h28.

Brasil não tem maturidade para lidar com delação, diz advogado de Bolsonaro em live

Defesa faz críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes às vésperas de decisão que pode tornar ex-presidente réu

Redação
Imagem: Reprodução/YouTube/Jair Bolsonaro

 

O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, um dos defensores de Jair Bolsonaro (PL), afirmou que a delação de Mauro Cid é um exemplo de que o país “não tem maturidade” para lidar com colaborações premiadas. Bueno deu a declaração durante uma live ao lado do ex-presidente nesta quinta-feira (20).

Para advogado, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes excedeu em sua atuação no âmbito da colaboração de Cid, uma vez que o “juiz tem que se manter distante justamente para que haja credibilidade da parte dele”.

A live se deu em contexto de ofensiva do ex-presidente em meio à iminência de virar réu na trama golpista. O recebimento da denúncia contra ele será decidido no STF nesta terça-feira (25) e quarta (26).

Bolsonaro é acusado de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado e participação em uma organização criminosa. Se condenado, ele pode pegar mais de 40 anos de prisão e aumentar sua inelegibilidade, que atualmente vai até 2030.

O advogado também afirmou que a delação vai entrar na história “de forma muito negativa” e afirmou que Cid foi esgarçado psicologicamente e recebeu benefícios irrecusáveis para fazer a delação.

O defensor comparou a situação de Bolsonaro à de Eliza Matsunaga, condenada por matar o marido em 2012. “Eliza Matsunaga, que matou o marido, esquartejou e colocou numa mala, foi condenada a 16 anos e três meses”, disse.

Bueno disse que o processo da trama golpista tem “inépcia” e “excessos”. Também afirmou que a “defesa se ressente de gravíssimos vícios ao longo desta investigação”.

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