Publicado em 17/10/2025 às 11h08.

Bruno Monteiro nega favorecimento em seleção de projetos da Secult

Secretário afirma que “harmonia com a política estadual” segue lei de 2011 e garante participação democrática e diversidade cultural

João Lucas Dantas / Raquel Franco
Foto: Luana Neiva / bahia.ba

 

O secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, esclareceu o funcionamento do edital da Secult que exige harmonia com a política estadual de cultura e afirmou que o objetivo é estabelecer parâmetros que garantam inclusão territorializada e valorizem a diversidade cultural do estado.

“As políticas financiadas com recursos públicos precisam estar em consonância com a política pública de cultura, que não é uma política de governo, e sim de Estado. Agora, o que precisa ficar muito nítido sobre esse processo é que o regramento não é feito, quando a gente prepara um edital, para beneficiar ou excluir alguém, mas sim para oferecer condições democráticas para que todos participem da mesma forma, com as mesmas condições”, explicou o titular da pasta ao bahia.ba, durante visita técnica às obras do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) nesta sexta-feira (17).

O item de avaliação, que chegou a reprovar projetos inscritos em editais, como o Circula Cena, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), gerou críticas à gestão de Bruno Monteiro à frente da Secult no governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Segundo ele, os critérios são “técnicos”.

“Se alguém se sentiu prejudicado por algum ponto, não pode, por causa disso, desqualificar o instrumento. A democracia é construída de forma a permitir a participação equitativa de todas as pessoas. Essa lei e esses critérios, repito, desde 2011 são utilizados em todos os instrumentos. Nossos processos são auditados, acompanhados pela PGE (Procuradoria-Geral do Estado) e também pelo Ministério Público e pelos Tribunais de Contas. Não há nenhum problema com relação a isso”, garantiu Bruno Monteiro.

“Portanto, é dentro da democracia que fazemos as discussões, mas, sobretudo, a partir da verdade. Não se pode, porque um determinado grupo teve nota baixa em um critério, achar que está errado ou que foi colocado para prejudicar alguém. Não é sobre isso. A política pública não é trabalhada dessa forma”, acrescentou.

Segundo o gestor, o que estabelece as diretrizes de harmonia com a política estadual de cultura é a garantia de participação de mulheres, pessoas negras, a territorialidade e a diversidade. “É isso que define a política estadual de cultura e é com base nela que queremos que todos os instrumentos e projetos apoiados com recursos públicos estejam de acordo”, concluiu.

João Lucas Dantas
Jornalista com experiência na área cultural, com passagem pelo Caderno 2+ do jornal A Tarde. Atuou como assessor de imprensa na Viva Comunicação Interativa, produzindo conteúdo para Luiz Caldas e Ilê Aiyê, e também na Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador. Foi repórter no portal Bahia Econômica e, atualmente, cobre Cultura e Cidade no portal bahia.ba. DRT: 7543/BA

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Settings ou consulte nossa política.