Publicado em 23/05/2024 às 09h26.

Bruno Reis anuncia ações na área de meio ambiente, alvo de críticas de opositores

Prefeito listou propostas que farão parte de conjunto de leis analisadas pela Câmara de Vereadores

Redação
Foto: Betto Jr./Secom PMS

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou que a capital baiana ganhará novas ações nas áreas de sustentabilidade, governança e de meio ambiente, alvo de críticas de oposicionistas. O anúncio foi feito na quarta-feira (23), durante a abertura do III ESG Fórum Salvador, no bairro do Comércio.

Segundo o prefeito, dentro do conjunto de leis que será encaminhado à Câmara de Vereadores está um projeto sobre a compra pública circular. Na proposta, a gestão municipal deverá adotar critérios sustentáveis e circulares nas próprias compras, lidando melhor com o equilíbrio das questões de escassez de recursos, aquecimento global e gestão de resíduos.

“Diante do que estamos vendo no mundo, e em especial no Brasil, o assunto é mais do que urgente a realização de debates, discussões, soluções sustentáveis e compromisso com o meio ambiente. É possível ter desenvolvimento econômico equilibrado com o meio ambiente, garantindo sustentabilidade, envolvendo as empresas e o poder público, para que a gente possa se aperfeiçoar, ver as melhores práticas para ter um mundo mais harmonioso”, declarou Bruno Reis no evento, que termina nesta quinta (23).

Outro projeto de lei anunciado pelo prefeito deverá abordar a chamada Adaptação baseada em Ecossistemas (AbE), a serem adotadas e observadas por Salvador nas obras de edificações públicas realizadas no município. A ação tem como objetivo assegurar o desenvolvimento socioeconômico com a proteção do sistema climático, através do incentivo ao uso de soluções baseadas na natureza das obras públicas.

Também deverá ser criada a Política de Agroecologia Urbana, na qual Salvador deverá adotar uma abordagem abrangente para promover sistemas alimentares sustentáveis e resilientes, conforme citado na COP28, primeira conferência a reconhecer de forma explícita a estreita relação entre o setor de alimentos, o uso do solo e a crise climática.

A capital baiana já possui uma Política Municipal de Mudanças do Clima (PMMC), que tem como finalidade planejar, fomentar e fortalecer as ações de adaptação e mitigação de mudanças do clima, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e estimular o desenvolvimento sustentável e inclusivo no município. Uma das diretrizes é a efetivação dos compromissos assumidos no Pacto Global e no Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças do Clima (PMAPC).

Decretos

Durante o encontro, Bruno Reis também assinou decretos nos quais a prefeitura se compromete a substituir o uso da gasolina por etanol nos carros utilizados pela administração municipal, proibição do uso do copo plástico nas repartições municipais, criação de núcleos internos de sustentabilidade e resiliência em cada órgão e criação de grupo de trabalho (GT) sobre emergência climática.

Na sequência, apresentou dados mostrando que a cidade conseguiu reduzir em 41% a sua emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE) e citou ações que ampliaram as áreas verdes como o plantio de mais de 100 mil mudas de árvores na última década e a implantação de novos parques.

Críticas da oposição

No início do mês, vice-governador Geraldo Júnior (MDB), pré-candidato a prefeito e principal adversário de Bruno Reis, divulgou uma propaganda partidária em que responsabiliza a gestão municipal por alagamentos provocados pela chuva e pela especulação imobiliária na capital baiana.

Em um vídeo de 30 segundos, o emedebista disse que, enquanto muitas cidades trocam cimento por áreas verdes, a capital baiana vê as suas serem devastadas pelo concreto. A peça, no entento, acabou suspensa pela Justiça Eleitoral.

 

 

 

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