Bruno Reis culpa governo do Estado por crise na segurança em Salvador

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) lamentou os recentes episódios de violência ocorridos em Salvador nesta semana e responsabilizou o governo do Estado. Segundo o gestor, é necessário primeiro “admitir que existe um problema”, sem desconsiderá-lo.

“A partir daí, tomam-se providências para enfrentá-lo. E é justamente isso que falta ao governo. O que está ocorrendo em Salvador é muito triste. Vocês não sabem o quanto isso, com toda sinceridade, me entristece”, afirmou o chefe do Executivo municipal, durante o lançamento do programa Salvador Criativa, nesta terça-feira (12).

Recentes tiroteios

Após disparos interromperem a partida do Mundial Sub-20 de Polo Aquático, na Pituba, no último domingo (10), o prefeito ressaltou que houve um esforço para trazer a competição internacional à cidade, mas a transmissão internacional foi paralisada por conta do tiroteio. “Isso é muito ruim para a imagem da nossa cidade e compromete todo o esforço que estamos fazendo”, apontou.

No mesmo dia, moradores do bairro de Armação foram surpreendidos por uma troca de tiros nas imediações do antigo Centro de Convenções. Bruno Reis classificou o episódio como uma “verdadeira guerra”.

“Profissionais da imprensa sendo impedidos de gravar em bairros da cidade”, lamentou o prefeito, em referência a um cinegrafista da TV Bahia que foi ameaçado por traficantes ao vivo durante uma passagem pela Chapada do Rio Vermelho, no Nordeste de Amaralina, na segunda-feira (11).

Nesta terça-feira (12), moradores do Horto Florestal ouviram um forte tiroteio vindo do Engenho Velho da Federação. “A população do Horto não conseguiu dormir devido a uma intensa troca de tiros”, acrescentou Bruno Reis.

O prefeito finalizou responsabilizando a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT), que, segundo ele, “perdeu o controle para o crime”. “Infelizmente, há uma crise instalada. Vemos um governo sem capacidade de reação, que perdeu para a marginalidade, fruto de decisões equivocadas ao longo dos anos — decisões que se agravaram ainda mais recentemente”, concluiu.