Publicado em 10/04/2025 às 14h41.

Bruno Reis rebate Jerônimo após fala sobre CPI do MST: ‘Precisa começar a governar’

Segundo o prefeito, Governo se omite diante de tensões fundiárias em diversas regiões da Bahia

Otávio Queiroz
Foto: Otávio Queiroz/bahia.ba

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), respondeu nesta quinta-feira (10) às declarações do governador Jerônimo Rodrigues (PT) sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST, com críticas à condução do governo estadual. Durante agenda no Subúrbio Ferroviário da capital, Bruno reagiu à sugestão de Jerônimo de que a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) investigue contratos de empresas de lixo, em vez do movimento dos trabalhadores rurais.

“O Jerônimo precisa trabalhar, rapaz. Parar de inspirar factoide e fazer política. Precisa fazer gestão, governar, parar de passear pelo estado e tratar as coisas com seriedade e responsabilidade”, disse o prefeito ao bahia.ba, ao comentar a fala do governador, dada horas antes.

Durante entrevista pela manhã, Jerônimo afirmou que “a Assembleia podia fazer uma CPI sobre as empresas de lixo na Bahia”, ao criticar a proposta de CPI para investigar a atuação do MST no estado. Ele também desafiou o Legislativo estadual a ter “coragem” para abrir outras investigações.

A provocação veio após decisão liminar do desembargador Cássio Miranda, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que havia determinado a instalação da CPI do MST. A medida atendeu a pedido do deputado estadual Leandro de Jesus (PL), autor da proposta. No entanto, a liminar foi derrubada por 10 votos a 9 no plenário do TJ-BA, que considerou que o tema ultrapassa a competência da AL-BA e envolve matérias de responsabilidade federal. Também foram apontadas falhas formais no requerimento apresentado.

Na avaliação de Bruno Reis, o posicionamento de Jerônimo sobre a CPI revela a ausência de respostas do governo estadual diante de tensões fundiárias em diversas regiões da Bahia.

“Infelizmente, Jerônimo não governa e, ao não governar, ele não ataca os principais problemas do estado. A gente está vendo no extremo sul da Bahia, infelizmente, a ausência do governo. Daqui a pouco vai ter uma luta armada entre a sociedade civil e os movimentos sociais pela ausência de posicionamento do governo”, alertou.

 

 

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.