Publicado em 05/02/2025 às 18h00.

Bruno Reis rebate Jerônimo sobre regulação: ‘Temos 300 pessoas aguardando nas UPAs’

Prefeito de Salvador questiona a responsabilização dos municípios pela crise na saúde estadual por parte do governador

João Lucas Dantas
Foto: Betto Jr./Secom PMS

 

O prefeito Bruno Reis (União Brasil), questionado pelo bahia.ba, rebateu a resposta do governador Jerônimo Rodrigues (PT) ao vereador Kiki Bispo (União Brasil) sobre a situação da regulação do sistema de saúde em Salvador e afirmou que há “mais de 300 pessoas nas nossas UPAs aguardando regulação”.

Nesta quarta-feira (5), o líder do governo na Câmara, Kiki Bispo, havia apontado uma piora na situação da saúde durante a administração do PT na Bahia e disse que “são mais de 18 anos que o governo do PT não consegue, pelo contrário, eles pioram a questão da regulação”. Após a fala, o governador Jerônimo Rodrigues respondeu que o vereador estava “equivocado com os dados”.

Já o prefeito Bruno Reis, durante o anúncio de Pablo Souza como novo secretário de Mobilidade de Salvador (Semob), nesta quarta-feira, rebateu o chefe do Executivo estadual e questionou: “O que essas pessoas estão aguardando?”.

“Elas estão aguardando fazer uma cirurgia, uma oportunidade de realizar uma intervenção, um atendimento especializado. E esta é a dura realidade de todo o estado. Então, é uma constatação de que, nesses 18 anos, piorou. Ah, existia problema no passado? Existia. Mas hoje é comum escutar as rádios de manhã, ver os programas de televisão, pessoas mandando mensagens, pedindo pelo amor de Deus para o prefeito ver o que pode fazer para regular o paciente que já está esperando há tanto tempo”, apontou Bruno.

O gestor municipal também afirmou que “há pessoas morrendo à espera dessa regulação”. O prefeito aproveitou para alfinetar o governador e disse que “antes de rebater, de questionar, de duvidar ou até desdenhar, era preciso resolver o problema, procurar soluções, apresentar avanços”.

“Infelizmente, a situação só se agrava. E, com toda a verdade, do fundo do meu coração, fico triste com isso, porque nós estamos falando de vidas, de pessoas que estão sucumbindo por falta de atendimento médico”, expressou o gestor.

Ao finalizar, o prefeito apontou para a relação de aproximação do governador com os prefeitos de outros municípios da Bahia e afirmou que a responsabilidade pela saúde dos municípios tem sido colocada nos gestores municipais. “Ele quer que alguém acredite que a culpa, hoje, da regulação, que é de alta complexidade, é dos prefeitos? Então, a culpa da segurança é do Brasil? A culpa da saúde estar na situação em que está é dos prefeitos? E a culpa do governador, qual é?”, provocou.

 

 

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