Publicado em 08/02/2021 às 10h14.

Bruno pedirá apoio do Senado à derrubada de veto a socorro de R$ 4 bi ao setor de transporte

Prefeito de Salvador disse que prefeitura deve finalizar processo de intervenção em concessionária de ônibus: "Os cofres públicos não suportam"

Alexandre Santos / Matheus Morais
Bruno Reis (DEM), prefeito de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)
Bruno Reis (DEM), prefeito de Salvador (Foto: Matheus Morais/bahia.ba)

 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), disse nesta segunda-feira (8) que se reunirá ainda nesta semana com o novo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para pedir apoio à derrubada do veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao socorro de R$ 4 bilhões a empresas de transporte coletivo em todo o país. Na capital baiana, a gestão municipal tem consumido parte de seus recursos para manter em funcionamento cerca de 700 ônibus da concessionária CSN, que ameaçou paralisar as atividades em meio à pandemia de Covid-19. A intervenção no setor foi decretada em junho do ano passado.

“Em fevereiro agora, só na intervenção, são R$ 14 milhões. A prefeitura não aguenta. Nós precisamos concluir a intervenção, e essa semana nós vamos decidir qual caminho seguir em relação à intervenção, porque os cofres públicos não suportam. Os números que nós estamos investindo na saúde, somados aos números que nós estamos investindo no transporte público, estão praticamente consumindo todo um superávit que nós tínhamos, deixando a gente sem recursos para novos investimentos”, declarou Reis durante uma coletiva de imprensa.

“Eu devo ir essa semana em Brasília para tratar com Rodrigo Pacheco, com quem eu já conversei sobre essa questão do transporte, ele entende. Além de ser presidente do Congresso Nacional, ele representa esse segmento de transporte público, conhece bem a realidade. Vamos ver se o melhor caminho é construir com o governo pra derrubar o veto ou o governo adotar uma Medida Provisória para dar esse socorro. Esse não é um problema só de Salvador, mas de todas as grandes cidades acima de 200 mil habitantes”, afirmou o prefeito.

A decisão de Bolsonaro de vetar o auxílio financeiro ao segmento provocou a reação de várias associações do setor, além da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que disse ter recebido a notícia com perplexidade. “O veto integral é um equívoco”, disse a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Em notas divulgadas após o veto, as entidades destacam que o projeto emergencial para o setor foi construído ao longo de meses entre o próprio governo e parlamentares, Estados e municípios. A FNP, por exemplo, afirma que a negociação se arrastou por longos oito meses, justamente pela morosidade que a administração federal imprimiu ao processo”. “E, agora, alega na justificativa do veto que a lei ‘poderia ultrapassar o período de calamidade'”, diz.

 

 

 

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