Publicado em 03/01/2025 às 10h28.

Bruno tem gestão conservadora e trata discussões da cidade de forma particular, diz Lídice

Deputada federal e ex-prefeita de Salvador defendeu modelo de administração participativa

Alexandre Santos / Matheus Morais
Foto: Jorge Jesus/bahia.ba

 

A deputada federal Lídice da Mata (PSB) afirmou nesta sexta-feira (3) que o prefeito Bruno Reis (União Brasil) adota um modelo conservador de gestão em que restringe as discussões de interesses da cidade. Ela diz que a possível mudança envolvendo circuitos do Carnaval, por exemplo, é um dos assuntos tratados de forma particular entre o poder público e empresários, incluindo atores do setor imobiliário.

“Sinceramente, não vejo instrumentos de comunicação, de participação popular ativadas por essa gestão. E isto é modernidade. A gente está acostumado, na cidade, ao modelo conservador de gestão. Como é que se dá a discussão do orçamento da cidade? Restrita à Câmara de Vereadores, restrita ao próprio poder Executivo”, disse a deputada em entrevista à Rádio Mix Salvador.

Prefeita da capital entre 1993 e 1997, Lídice afirmou que, à época de sua administração, implementou o chamado orçamento participativo.

“Há muitos anos atrás, quando eu fui prefeita, já exercitamos a experiência de um modelo de gestão que usava o orçamento participativo. Reunimos centenas, milhares até o final do processo de pessoas, debatendo os investimentos da cidade. Isso quando eu saí passou a ser feito pela Câmara e através da Comissão de Orçamento, que ia aos bairros, aos territórios organizados de Salvador para esse debate. Não há mais isso na cidade de Salvador”, disse.

“Nós somos surpreendidos com projetos em bairros que ninguém discutiu antes. Depois que acontece é que a gente começa a debater pelas consequências daqueles investimentos em cada território.”

Lídice afirmou considerar um avanço o movimento SOS Buracão, criado por representantes da sociedade civil na tentativa de barrar o avanço de espigões na orla da capital. Por outro lado, diz que vereadores e prefeitura não reverberam o debate sobre o tema.

“A população está se movimentando, mas você não vê isso repercutindo”, avaliou.

 

 

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