Publicado em 24/02/2025 às 09h26.

Caetano aciona Justiça para destravar orçamento na Câmara e cita desabastecimento na saúde

Em outra frente, prefeito de Camaçari afirma que busca solucionar a crise do transporte público, imbróglio herdado de Antônio Elinaldo

Alexandre Santos / Carolina Papa
Foto: Carolina Papa/bahia.ba

 

O prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), afirmou nesta segunda-feira (24) ter acionado a Justiça para que a Câmara de Vereadores da cidade libere 100% do orçamento aprovado para o exercício financeiro de 2025.  A receita prevista é de R$ 2,5 bilhões.

“O orçamento foi aprovado, mas apenas com 2% de remanejamento. O governo passado, durante oito anos, teve 100% de remanejamento. Obviamente, a gente assumiu um governo novo, com uma outra proposta de gestão. O orçamento foi eles que fizeram. O prefeito que passou deixou essa trava para poder dificultar a gestão. Nós estamos negociando, estamos conversando com a Câmara. Mas também judicializamos e esperamos que o mais rápido possível tenha uma solução mesmo porque se não tiver, em março, vários serviços estarão separados”, declarou Caetano.

Segundo o prefeito, com o caixa afetado, serviços básicos do município podem ser comprometidos, dentre eles o de zeladoria e de saúde, que já enfrenta desabastecimento. “Nós estamos num processo de retomada da saúde pública, de reorganização, reestruturação. Eu encontrei os postos médicos todos fechados, as UPAs sem funcionar direito. A gente está sem medicamento, está abastecendo, reformando vários postos e também está fazendo manutenção de tantos outros postos de saúde. Isso requer recursos para que você possa bancar esses serviços. Se não tiver essa solução daqui para março, vai ter dificuldade de dar continuidade para esse público no município”, disse.

As declarações foram dadas ao lado do governador Jerônimo Rodrigues (PT), no Parque de Exposições de Salvador, durante a entrega de viaturas para a Polícia Civil.

Em outra frente, Caetano diz que busca solucionar a crise do transporte público, imbróglio iniciado na gestão do antecessor Antônio Elinaldo (União Brasil).

“Ele fez um emergencial, depois fez uma licitação para concessão, não homologou a licitação, e o transporte público continuou deficitário. Nós encaminhamos um projeto de lei para a Câmara, que foi aprovado sexta-feira passada. Nós estamos analisando para poder sancionar a lei e, ao mesmo tempo, fazer uma nova licitação, por causado sistema emergencial, para botar as empresas para rodar, para sair dessa crise, enquanto a gente prepara uma licitação daqui a seis meses, um ano, para fazer a concessão do serviço público de Camaçari”, disse.

 

 

 

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