Caiado culpa Lula pelo 8/1 e diz que anistia será seu primeiro ato caso seja eleito
Segundo o governador de Goiás, os eventos ocorrem devido a “ausência e incompetência” do petista

O governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), responsabilizou diretamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de Janeiro de 2023, atribuindo os eventos à “ausência e incompetência” do petista. As declarações foram feitas em entrevista durante o programa “Roda Viva”, da TV Cultura, na segunda-feira (9).
“Você acha que se eu estivesse na presidência da República ia deixar o baderneiro quebrar o Congresso Nacional?”, questionou o governador.
Segundo matéria do InfoMoney, Caiado criticou diretamente o modelo de governança de Lula, e que o presidencialismo não comporta uma figura “amorfa”, como o presidente, no comando do país, e que o petista falharia ao tentar pacificar as relações entre os Três Poderes.
“Na ausência do presidente, os outros Poderes tomam conta do governo e anulam o poder do presidente”, afirmou, em referência velada ao protagonismo do Judiciário no atual cenário político.
Anistia
Caiado também fez acenos à bancada bolsonarista ao afirmar que seu primeiro ato como presidente, caso seja eleito em 2026, seria conceder anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.
O governador ainda associou a medida a uma “convicção de inocência” do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Essa é a condição de se anistiar”, declarou o governador ao ser questionado sobre assumir a inocência do antigo chefe do Executivo.
A proposta de anistia surge como elemento central da pré-campanha de Caiado, que busca capitalizar no desgaste das investigações sobre o 8 de Janeiro, junto ao eleitorado conservador. “Não se pode ficar mais dois anos discutindo o tema. O país precisa superá-lo”, defendeu.
De acordo com ele, o país sofre com uma agenda monotemática imposta pelo governo. “Desenharam uma situação que não tem outra pauta para o Brasil que não essa”, afirmou, em crítica indireta ao STF e à PGR.
STF
Questionado sobre a possibilidade do Supremo Tribunal Federal (STF) declarar como inconstitucional uma eventual anistia, Caiado adotou postura de enfrentamento institucional.
“Não estaria infringindo ninguém”, argumentou, classificando a medida como prerrogativa presidencial. “É presidencialismo ou não é presidencialismo? Então, não dá para ser mais ou menos”, declarou, sinalizando disposição para um potencial embate com o Judiciário.
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