Publicado em 03/01/2025 às 11h43.

Carballal diz que reajuste na tarifa de ônibus em Salvador é ‘golpe na população’

"Sucateamento da frota de ônibus é responsabilidade de ACM Neto e Bruno Reis. O modelo que eles criaram é um modelo falido, atrasado", criticou o presidente da CBPM

Redação
Foto: Divulgação/CBPM

 

O presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, criticou o reajuste na tarifa de ônibus decretado pela prefeitura de Salvador e considerou o aumento no valor da passagem um “golpe na população”. O valor da tarifa passará de R$ 5,20 para R$ 5,60 a partir deste sábado (4).

Para Carballal, o momento escolhido para o aumento, durante as férias escolares, é “estranho” e prejudica a população. . “É um golpe dado na população, num momento de férias escolares, um período em que a demanda pelo transporte público é menor, realizar esse reajuste sem nenhuma justificativa. A tarifa de ônibus mais cara do Nordeste, com ônibus precários, uma verdadeira demonstração da falta de compromisso da gestão de Bruno Reis com a população”, afirmou.

Carballal também lembrou que não houve aumento no preço do diesel em 2024, o que, segundo ele, não justifica o reajuste de 7,69%. O presidente da CBPM também colocou a responsabilidade pelo “sucateamento” da frota de ônibus sobre o ex-prefeito ACM Neto e Bruno Reis, que, na sua avaliação, implementaram um modelo de transporte “falido e atrasado”.

“O sucateamento da frota de ônibus é responsabilidade de ACM Neto e Bruno Reis. O modelo que eles criaram é um modelo falido, atrasado, e que onera não apenas a população, mas também os médios e pequenos empresários. O cidadão que é dono de uma padaria, por exemplo, quando paga o salário dos funcionários, ele desconta 6% e complementa o valor do vale transporte, então, uma parcela importante do transporte também é financiada por um setor produtivo que emprega e que já vive sufocado. É uma demonstração de completa falta de compromisso com a população”, apontou.

Carballal também criticou a falta de políticas públicas para atender populações vulneráveis. “Não existe nenhuma política que a prefeitura desenvolve para atender os interesses dos ambulantes, do mercado informal, dos desempregados, das populações que estão vulneráveis socialmente. O que vai acontecer a partir de agora é mais gente andando a pé por não ter recursos para andar de ônibus”, lamentou.

 

 

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