Publicado em 26/09/2024 às 18h45.

Cerveró pede que ministro do STF anule todos atos da Lava Jato contra ele

Entre as alegações a Dias Toffoli, os defensores afirmaram que Cerveró teve direitos violados ao longo das investigações que o miraram

Redação
Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

 

Mais um delator da Operação Lava Jato recorreu ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), para anular todos os atos da operação contra si. Dessa vez, o interessado em uma canetada de Toffoli é o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. A informação é da coluna de Guilherme Amado, do portal Metrópoles.

De acordo com o colunista, a defesa de Cerveró bateu à porta do ministro nesta quinta-feira (26/9), pedindo que ele estenda ao ex-executivo da estatal decisões nesse sentido que beneficiaram Marcelo Odebrecht, em maio, e o empresário luso-brasileiro Raul Schmidt, na semana passada.

Petição dos advogados de Nestor Cerveró é baseada nos chats de procuradores da Lava Jato entre si e conversas do ex-procurador Deltan Dallagnol com o ex-juiz federal Sergio Moro. O material foi acessado por um hacker e apreendido pela Polícia Federal na Operação Spoofing, em 2019.

Entre as alegações a Dias Toffoli, os defensores afirmaram que Cerveró teve direitos violados ao longo das investigações que o miraram e foi alvo de um conluio entre a força-tarefa e Moro. O delator ficou preso em Curitiba entre janeiro de 2015 e junho de 2016.“Diante do conteúdo dos frequentes diálogos entre o ex-juiz federal e Procuradores envolvidos em investigações de que resultaram as persecuções penais a que responde o ora Peticionário, fica clara a mistura da função de acusação com a de julgar, corroendo-se as bases do processo penal democrático”, disse a defesa.

A delação de Cerveró não foi fechada no Paraná, mas junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), em Brasília, em novembro de 2015. Pelo acordo, o ex-diretor da Petrobras devolveu cerca de R$ 18 milhões à estatal.

Caso Toffoli não estenda a Nestor Cerveró as decisões favoráveis a Odebrecht e Schmidt, a defesa dele quer que o ministro conceda a ele uma ordem de ofício, ou seja, de iniciativa própria, para anular todos os atos da Lava Jato contra ele.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.