Publicado em 26/07/2024 às 14h32.

CGU abre investigação sobre apagão de dados do governo Bolsonaro

Coluna do Metrópoles revelou que Ministério do Meio Ambiente do governo Bolsonaro apagou 30 anos de documentos públicos; além da CGU, TCU apura caso

Redação
Foto:José Cruz/Agência Brasil

 

A Controladoria-Geral da União (CGU) abriu nesta sexta-feira (26) uma apuração sobre o apagão de dados do Ministério do Meio Ambiente durante o governo Bolsonaro. No último dia 13, a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles revelou que a pasta retirou do ar documentos públicos de quase 30 anos, incluindo um estudo de 2015 que previu fortes chuvas na região Sul e outras tragédias climáticas.

A coluna de Amado aponta que o Ministério do Meio Ambiente confirmou, por meio da Lei de Acesso à Informação, que diversos arquivos “ficaram extraviados” entre 2019 e 2022, durante todo o governo Bolsonaro, quando o site da pasta foi transferido de endereço. A pasta acrescentou que só conseguiu reaver o material “recentemente”. Servidores ouvidos pela coluna em reserva apontaram que há arquivos ainda não recuperados.

Ainda segundo o Metrópoles, a apuração preliminar da CGU, a primeira etapa de uma investigação na pasta, foi feita a pedido da Secretaria Nacional de Acesso à Informação e é conduzida pela Secretaria Federal de Controle. A Corregedoria atuará se houver indício da participação de servidores na irregularidade. “A CGU trabalha de forma integrada para que a transparência seja a regra e o sigilo a exceção”, declarou a pasta.

O Metrópoles acrescenta que o caso também é analisado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na última terça-feira (23), o Ministério Público de Contas pediu que o TCU investigue o apagão dos documentos públicos. O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado classificou a ação de “flagrante atentado ao interesse público”, e disse que os documentos foram suprimidos “inexplicavelmente”.

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