Publicado em 05/11/2023 às 10h00.

Cinel, bilionário ruralista, diz respeitar PT e nega bolsonarismo, aponta coluna

Empresário, cujo grupo está pedindo recuperação judicial, organizou jantar para Jair Bolsonaro quando ele era presidente

Redação

 

Foto:Reprodução/Redes Sociais

De acordo com a coluna de Guilherme Amado no Metrópoles, o empresário Washington Cinel, que integrava um grupo de empresários em apoio a Jair Bolsonaro durante seu governo, passou a negar que seja bolsonarista, e a defender que (ser de) “direita e esquerda é um negócio muito burro”. O grupo empresarial de Cinel entrou com um pedido de recuperação judicial na Justiça de São Paulo.

Credor do grupo de Cinel, o banco Safra disse também que o empréstimo de R$ 510 milhões que o empresário tomou com o Banco do Nordeste às vésperas da recuperação judicial serviu para proteger uma fazenda, dada como garantia do negócio, de ser bloqueada na recuperação judicial.

“A fazenda já está tomada”, rebateu Cinel. “Porque está em garantia numa adjudicação fiduciária. A fazenda é a garantia do empréstimo (do Banco do Nordeste). Os outros credores não devem chegar nela porque ela está fora da recuperação judicial. Eu tenho que cumprir um contrato de empréstimo com o Banco do Nordeste. O que eu tenho dela é a posse.”

A coluna aponta que além do Banco Safra, o Banco do Brasil também criticou duramente o pedido de recuperação judicial da Gocil, aceito pela Justiça na semana passada. O banco disse que o empresário quer viver uma “vida de luxo e ostentação” às custas de seus credores e buscar “distribuição de renda às avessas”.

Cinel disse não ver motivação política na manifestação do Banco do Brasil que o acusou de querer blindar seu patrimônio.

“Não posso afirmar isso, porque tenho um bom relacionamento com o Banco do Brasil. O Banco do Brasil é um banco profissional. Tem o viés político? Talvez alguém ali dentro, que entrou agora, pode ter falado ‘bate, não sei o quê’. Mas eu sou um cara que me dou bem com a direita, com a esquerda, com o centro. Eles sabem disso.”

Ainda segundo o Metrópoles, o empresário negou ser bolsonarista e disse ter relação com o governo Lula. “Na verdade, eu não conheço (com profundidade) o Bolsonaro. Foi me pedido na época para fazer um jantar para ele. Ele era presidente e fiz um jantar, acabei o conhecendo. Mas hoje se você me perguntar se tenho o celular dele, não tenho”, disse à coluna.

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