Publicado em 08/07/2024 às 09h34.

Citando a França, ex-ministro de Bolsonaro diz que direita do Brasil perderá se for radical

‘Se agirmos com radicalismo e soberba, vamos perder em 2026’, avaliou Ciro Nogueira (PP-PI)

Redação
Foto: Reprodução / Facebook

 

Após a ultradireita francesa ser derrotada por uma coalizão entre esquerda e centro, neste domingo (7), o senador e ex-ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou que o resultado deve servir como exemplo para a direita brasileira.

“Se agirmos com radicalismo e soberba, vamos perder em 2026”, disse ele à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ao comentar a derrota da extrema-direita francesa, que era tida como favorita, mas acabou ficando em terceiro lugar nas eleições do país europeu.

“A gente tem toda a chance de vencer a próxima eleição presidencial no Brasil”, acrescentou o ex-ministro, em referência à direita bolsonarista. “É uma eleição ganha se falarmos para a maioria. Mas, se ficarmos apenas dialogando com a bolha de extrema direita, não teremos chance”, avaliou o parlamentar, que é também presidente nacional do PP.

Na visão de Ciro Nogueira, uma “percepção deslocada” faz com que conservadores liberais na economia que não abraçam questões de costumes sejam estigmatizados “pelas correntes mais fundamentalistas da direita brasileira”. Segundo ele, é preciso afastar a “lógica plebiscitária em que o extremismo se torne pior do que a união de forças contra ele”.

“Os setores vigorosos da direita acham que podem vencer sozinhos. Mas o povo brasileiro não é de extremismos”, acrescentou o ex-ministro, segundo o qual, tal comportamento levou à derrota de Jair Bolsonaro para Lula em 2022.

“No primeiro turno, falamos para a bolha. No segundo turno, houve uma mudança. Dialogamos com a maioria e quase vencemos”, avaliou o senador, para quem o petista “está enfraquecido” e erra ao falar apenas para “sua própria bolha de esquerda”.

“Mas, se acharmos que Lula está morto, que já ganhamos, vamos perder. A direita brasileira não vai ganhar sem o centro. E o centro hoje é mais alinhado com a direita. Basta dialogar”, ponderou.

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