Publicado em 04/07/2024 às 10h59.

Compra de trens do VLT parados há 12 anos não foi bom negócio para a Bahia, diz vereador

Equipamentos terão um custo de R$ 820 milhões e estavam inoperantes após caso de corrupção no estado do Mato Grosso

Redação
Foto: Gabriela Araújo/bahia.ba

 

O vereador Claudio Tinoco (União Brasil) afirmou nesta quinta-feira (4) que a compra de 40 trens para instalação do VLT de Salvador não foi um bom negócio para o governo de Jerônimo Rodrigues (PT). Os equipamentos, que pertenciam ao estado do Mato Grosso, terão um custo de R$ 820 milhões e estavam parados há mais de uma década.

“Os trens foram adquiridos em 2012 para serem utilizados no Mato Grosso e, desde então, estão parados. Quando forem colocados em funcionamento, se cumprirem o prazo de conclusão da obra, os trens estarão com 15 anos, o que significa metade de sua vida útil já vencida”, diz Tinoco.

Segundo o vereador, até agora, o governo baiano não apresentou qualquer estudo mostrando que as composições estão em bom estado de uso.

Ele diz ainda que não há nenhuma garantia de que a gestão petista vá cumprir o prazo previsto de três anos para a conclusão das obras do modal, a julgar pelo histórico de outras obras inacabadas.

“Eles descumpriram sucessivos prazos. E repetem o erro do primeiro projeto, quando mudaram o modal para um Monotrilho, que deveria ter ficado pronto há anos, e até hoje nada. Ou seja, se houver atraso na conclusão do projeto, esses trens ficarão ainda mais tempo parados, podendo entrar em funcionamento com mais da metade da vida útil já ultrapassada. De fato, isso não foi um bom negócio pra Bahia e vamos pagar essa conta futuramente”, afirmou Tinoco.

O acordo para a aquisição das composições foi assinado na quarta-feira (3), na 1ª mediação técnica entre estados realizada pela SecexConsenso (Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos) pelo TCU (Tribunal de Contas da União).

O VLT do Mato Grosso era uma das obras para o Mundial 2014, com um gasto superior a R$ 1 bilhão. A construção foi interrompida naquele mesmo ano, após investigação conta entre a Polícia Federal e o Ministério Público apontarem suspeitas de corrupção e desvio de dinheiro.

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