Publicado em 04/05/2016 às 14h27.

Contra reajuste zero, fazendários do Estado paralisam atividades

Houve ainda manifestação de servidores públicos estaduais de diversas categorias em frente à Governadoria

Redação
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Foto: Sindsefaz

 

Contra o reajuste zero anunciado pelo governo do Estado, os fazendários baianos aderiram ao movimento unificado dos servidores públicos e paralisaram as atividades nesta quarta-feira (4). De acordo com levantamento do Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia (Sindsefaz), houve adesão nas principais repartições em todo o estado.

O sindicato informa que houve paralisação nos postos fiscais Honorato Viana (BR 324), Benito Gama (Vitória da Conquista), João Durval (Feira de Santana), Feira Nordeste (Feira de Santana) e Fernando Presídio (Juazeiro); setores DAT Metro/Salvador (servidores ligados ao Sindsefaz), DAT Norte (Feira), DAT Sul (Conquista), IFMT-Norte (Feira), Inspetoria de Fiscalização (Infaz) em Feira, Ilhéus, Itabuna, Eunápolis e Juazeiro e nos postos do SAC em Salvador (Bela Vista, Shopping Salvador, Barra, Comércio), Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Jacobina e Juazeiro.

“A grande adesão dos fazendários – auditores, agentes de tributos e técnicos – à paralisação demonstra o grau de insatisfação da categoria em todo o estado com a imposição do congelamento salarial e com a intransigência do secretário Manoel Vitório, que insiste em não negociar com os servidores”, afirma Cláudio Meirelles, presidente do sindicato. Há queixas da categoria também em relação às condições de trabalho.

Protesto – Na manhã desta quarta, servidores estaduais de diversas categorias protestaram em frente à Governadoria. O governador Rui Costa, por sua vez, confirmou a ausência de aumento salarial este ano e repetiu que não pode conceder reajuste devido à Lei de Responsabilidade Fiscal.

“Motivo número 1, a Lei de Responsabilidade proíbe. O segundo é que não tenho caixa nem orçamento. Seu eu tivesse caixa e orçamento, tendo índice (de gastos) de pessoal de 48% (da Receita Corrente Líquida), sabe o que iria acontecer comigo? Vou responder por crime de improbidade administrativa, por desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal, terei as contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado com cassação dos meus direitos políticos e aplicação de multa de um valor que provavelmente eu não tenha patrimônio para cobrir. Não quero ter minhas contas rejeitadas, não quero ficar inelegível e não quero receber uma multa que não possa pagar”, declarou o governador ao A Tarde.

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