Coordenador da campanha de Zé Neto vê caos na gestão Colbert e culpa Zé Ronaldo por indicá-lo
Secretário da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas, teve a exoneração oficializada nesta terça-feira (13)
Próximo ao início da campanha eleitoral, o governador Jerônimo Rodrigues vem fazendo movimentações para tornar competitivo os seus pares que concorrem ao cargo de prefeito nos municípios baianos. A movimentação, que deve se tornar mais intensa ao longo da semana, já começou com a saída do secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), Felipe Freitas, do cargo.
O titular da pasta, que estava à frente dos trabalhos do programa Bahia pela Paz, teve a sua exoneração oficializada nesta terça-feira (13), conforme consta no Diário Oficial do Estado (DOE). Freitas, que está engajado na campanha do deputado federal Zé Neto (PT), em Feira de Santana, deixa a cadeira para se dedicar às corridas eleitorais da Princesa do Sertão, no qual assume o papel de coordenador.
O petista, por sua vez, vem adotando soluções caseiras e aposta no nome do chefe de gabinete, Raimundo José Pedreira do Nascimento, para ocupar a cadeira deixada por Felipe Freitas. Raimundo Nascimento fica no cargo até o fim das eleições, que será disputada no dia 6 de outubro.
Disputa em Feira de Santana
Em Feira de Santana, Zé Neto disputa o cargo com um adversário histórico, o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil). No município, a disputa conta um outro nome: Carlos Medeiros (Novo).
O pleito, no entanto, se afunila entre o petista e o membro do União Brasil, que segue com uma diferença mínima à frente de Zé Neto. O comando de Feira de Santana é considerado prioritário para o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
Cenário eleitoral
Em conversa com o bahia.ba, o agora ex-secretário da Justiça e Direitos Humanos, Felipe Freitas fez uma avaliação sobre o cenário de Feira de Santana. Afiançando o nome de Zé Neto, Freitas afirma que a cidade exala o sentimento de mudança de comando, que atualmente segue nas mãos do prefeito Colbert Martins (MDB), sucessor do ex-prefeito Zé Ronaldo (União).
“Eu acho que nós temos um clima muito bom na cidade, no sentido da mudança. A cidade quer respostas para o caos que vive Feira de Santana. Feira de Santana tem um problema sério na área da saúde, da zeladoria da cidade e na educação. A cidade quer saber quem é o responsável por essa bagunça, e, seguramente, o ex-prefeito Zé Ronaldo foi o responsável pela indicação [de Colbert Martins]. […]. Tem um forte sentimento de mudança e que faz com que as pessoas que tiveram com Zé Ronaldo migrem para o apoio de Zé Neto. […]”, avaliou.
Um dos exemplos da migração ao apoio para Zé Neto é o PDT, que inicialmente caminhava com o ex-prefeito, mas ao longo das discussões eleitorais resolveu firmar apoio ao petista.
Escolha do vice
Questionado sobre as críticas em torno do nome do candidato a vice-prefeito, o líder evangélico Sandro Narizeu (PP), o coordenador de campanha de Zé Neto minimizou o caso. Narizeu, que nas últimas eleições anunciou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi anunciado na chapa majoritária do petista durante o ato de convenção, realizado no dia 3 de agosto.
“Nós temos uma coligação que vai de centro-direita a centro-esquerda. É natural que o nome seja criticado. […]. A gente tem uma coligação e a maioria dos partidos aprovaram o nome de Sandro Nazireu, que revelou que quer mudança e traz esse sentimento. […]. Sandro é um artista e empresário no ramo da música. Eu acho que ele agrega não só eleitoralmente, ele tem um amplo conhecimento no campo do entretenimento e no turismo da cidade”, disse.
A coligação “Pra fazer o futuro acontecer” conta com apoio de xx partidos, são eles: a federação Brasil da Esperança, composta pelo PT, PCdoB e PV; MDB; PP; Podemos; Avante; Federação PSOL/Rede; PSB e PSD.
*Matéria atualizada para acrescentar as declarações de Felipe Freitas.
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