Publicado em 10/06/2025 às 18h48.

Após reajuste da prefeitura, coordenador do Sindseps cobra diálogo com servidores

Porta-voz também criticou postura do secretário de Gestão de Salvador por não apresentar proposta formal aos trabalhadores

Otávio Queiroz
Foto: Divulgação

 

Um dia após o prefeito Bruno Reis (União Brasil) pedir o fim da greve dos servidores municipais de Salvador, o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), Everaldo Braga, afirmou que o movimento grevista continua por falta de diálogo da gestão com a categoria. Em entrevista ao bahia.ba, nesta terça-feira (10), ele responsabilizou diretamente o prefeito pelo impasse, mesmo após o reajuste anunciado pelo gestor.

“O único culpado é o prefeito Bruno Reis. Nós devolvemos esse pedido que ele fez [para encerrar a greve e conversar]: prefeito, sente para negociar”, declarou Everaldo.

Segundo o representante do Sindseps, não houve qualquer reunião direta com a categoria até o momento. Ele também criticou a postura do secretário de Gestão de Salvador, Alexandre Tinôco, por não apresentar nenhuma proposta formal aos trabalhadores.

“O secretário de Gestão desdenha dos servidores. Nunca na história de Salvador um secretário não apresentou um documento por escrito. Eu vou fazer 26 anos de serviço e nunca vi isso acontecer”, disse.

Além da pauta salarial, Everaldo Braga destacou que os grevistas reivindicam melhores condições de trabalho, especialmente nas unidades de saúde da capital, que estariam, segundo ele, “sucateadas”. “Os servidores, acima de tudo, estão querendo condições de trabalho. Eu conclamo ao prefeito que sente conosco e apresente algo por escrito”, reforçou.

O coordenador do Sindseps também afirmou que a greve deve continuar nos próximos dias, sem previsão de encerramento.

Bruno Reis defende reajuste oferecido

Na segunda-feira (9), Bruno Reis afirmou que a prefeitura já concedeu reajustes expressivos aos servidores municipais. De acordo com o prefeito, os percentuais chegaram a 4,83% para o conjunto dos servidores e até 9% para os profissionais da educação. Em alguns casos, segundo ele, os aumentos somados a progressões chegaram a quase 18%.

“É um valor expressivo, significativo, ainda mais num ano de dificuldade. O Brasil está enfrentando cortes de gastos públicos, a economia está patinando”, justificou o prefeito.

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