Publicado em 06/12/2019 às 13h06.

CPMI das Fake News pede quebra de sigilo telefônico de Frota e Joice Hasselmann

Presidente do colegiado, o senador Angelo Coronel diz que objetivo é confirmar a veracidade das acusações feitas contra o clã Bolsonaro

Alexandre Santos
Fotos: Reprodução/TV Senado
Fotos: Reprodução/TV Senado

 

O presidente da CPMI das Fake News no Congresso, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), afirmou nesta sexta-feira (6) ter solicitado a quebra de sigilo telefônico dos deputados federais Alexandre Frota (PSDB-SP) e Joice Hasselmann (PSL-SP).

Segundo o senador, o objetivo é apurar a veracidade das denúncias feitas pelos dois parlamentares durante depoimentos no colegiado e evitar que tais acusações sejam usadas como uma espécie de vingança, uma vez que ambos romperam politicamente com o presidente Jair Bolsonaro (atualmente sem partido).

Tanto Frota quanto Joice sustentam que o clã Bolsonaro mantém, com dinheiro público, o chamado “gabinete do ódio”, por meio do qual seus assessores disseminam ataques virtuais nas redes sociais contra pessoas consideradas inimigas da família.

“Nós já solicitamos a quebra do sigilo telefônico do deputado Frota, ele mesmo autorizou, pra checarmos se realmente houve essas conversas. Provavelmente, nós vamos solicitar, com a aprovação do plenário da CPMI, a quebra do sigilo telefônico da Joice no período que foi citado ontem pelo deputado Frota, pra vermos se tem a devida veracidade”, declarou Coronel em entrevista à rádio Bandeirantes.

O senador disse, contudo, que a comissão não servirá de instrumento para “alimentar raiva” de desafetos políticos.

“Pode ser também que as pessoas que romperam com o presidente estejam ali com sede de alguma vingança. E nós não estamos ali na CPMI simplesmente pra alimentar raiva de ninguém. Nós estamos ali para poder investigar, com total isenção. Por isso que eu fui eleito por todos os partidos, por ser de um bloco independente do Senado. Não faço parte de bloco nem de situação nem de oposição. Nós temos que nos debruçar nisso para que se conduza a CPMI para um caminho que puna aqueles que realmente praticaram delitos”, afirmou.

 

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