Publicado em 18/06/2025 às 10h56.

Defesa de tenente-coronel preso pede liberação para corrigir provas e acesso a material apreendido

Militar está detido por envolvimento em plano golpista e quer autorização para atividades acadêmicas na cela, além de acesso a documentos da investigação

Redação
Foto: Reprodução/ Redes sociais

A defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para que ele possa corrigir provas de alunos de um curso preparatório para concursos militares do Exército Brasileiro.

Conhecido como “Kid Preto”, Lima também atua como professor nesse curso e está preso desde novembro do ano passado, acusado de envolvimento em um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O pedido foi protocolado nesta terça-feira (18/6), e os advogados afirmam que a correção das provas não exigiria acesso à internet, pois o material é impresso e pode ser inspecionado pela unidade prisional.

“A correção do material não exige uso de internet, pois as provas são impressas e poderão ser facilmente inspecionadas pela unidade prisional. Caso autorizado, o requerente, preso preventivamente, procederá à atividade dentro da cela, sem qualquer violação às medidas impostas por este Juízo ou aos regulamentos do estabelecimento prisional”, argumenta a defesa no documento.

Os advogados também solicitaram ao STF acesso completo ao material apreendido nos aparelhos eletrônicos de Hélio Lima, do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do general Walter Souza Braga Netto.

Além disso, a defesa pediu a devolução de todos os dispositivos apreendidos com Lima e acesso integral ao documento intitulado “Op Luneta”, mencionado na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) e atribuído ao militar, que é réu no núcleo 3 do processo.

Durante as investigações, foi apreendido com o tenente-coronel um pendrive contendo o plano “Op Luneta”, que previa anular as eleições de 2022 e prender ministros do STF.

Lima foi preso fardado após desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, e participou da audiência de custódia com o uniforme do Exército. Segundo revelou a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, o militar havia solicitado à Polícia Federal para vestir a farda antes da prisão, mas o pedido foi negado pelos agentes.

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