Líder do PDT-BA conversa para 2026 e diz que partido não tem obrigação com ACM Neto

As eleições de 2026 começam a movimentar o cenário político baiano. O período de conversas e articulações de chapas, coloca em cheque as bases partidárias para o pleito do próximo ano. A bola da vez é PDT (Partido Democrático Trabalhista), partido compõe o governo do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil).

Ao bahia.ba, o deputado federal e presidente da sigla, Félix Mendonça Jr., revelou que as tratativas para 2026 estão no início, mas evidenciou que o PDT irá conversar com todos os partidos. Recentemente, ele esteve em Brasília em uma reunião na casa do líder da sigla na Câmara, Mário Heringer.

O encontro também contou com a presença de Carlos Lupi, ministro da Previdência, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, do deputado federal, Léo Prates, e do presidente em exercício do PDT, André Figueredo.

Felix Mendonça contou o que foi tratado entre as partes na reunião. “Em uma conversa que tivemos em Brasília falamos sobre as demandas do PDT. Falamos sobre a Bahia e vamos conversar com Rui, com Lupi e depois internamente também. Vamos ouvir partidos, deputados, prefeitos, lideranças dos partidos, e os caminhos para seguir em 2026”, indicou o deputado.

Sobre a relação com o União Brasil, partido do ex-prefeito ACM Neto, Felix Mendonça afirmou que o PDT não tem obrigação com o Neto, com o governo e com ninguém. “Aqui na prefeitura [de Salvador] estamos bem. A relação com Bruno Reis, Ana Paula, os vereadores reeleitos pelo PDT, é uma relação muita boa. Temos uma excelente posicionamento na prefeitura e na câmara de vereadores. Esperamos manter isso aí sem dúvida nenhuma”, enfatizou o parlamentar.

O líder do PDT na Bahia disse que para ‘2026 é outra coisa’ e esclareceu por quais motivos. “Em 2022 estávamos com ACM Neto, tentamos uma conversa nacional. O PDT teria uma participação majoritária na chapa, mas não aconteceu. Neto não apoiou Ciro Gomes explicitamente e o PDT não teve a participação que pleiteava na chapa. Isso não pode se repetir em 2026. Ainda que a gente venha a apoiar a oposição, não pleiteio nenhum participação na chapa de oposição, de o PDT indicar alguém para vice e para o senado. As conversas terão sequência”, explicou o político.

Sobre ingressar na base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), Mendonça afirmou que não houve conversa com o petista e classificou como ‘feio’ entrar na base de um governo no qual foi oposição. “Ainda não conversamos com Jerônimo e mesmo que tenhamos, nós não vamos pleitear nenhum espaço no governo estadual. Eu acho muito feio essa história de você ser oposição depois participa do governo. Fomos oposição a Jerônimo. Não podemos pleitear cargo e vaga em um governo que não ajudamos a construir”, finalizou.