Publicado em 25/04/2025 às 10h58.

Deputado do PL diz já ter recolhido mais de 100 assinaturas para instalar CPI sobre fraudes do INSS

Para abrir um pedido de abertura da CPI, o deputado precisa de 171 assinaturas

Redação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

 

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO) está recolhendo assinaturas para dar entrada, na próxima semana, em um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema de fraudes do INSS, deflagrado pela Polícia Federal (PF), que levou a demissão do presidente da autarquia, Alessandro Stefanutto, além do afastamento de cinco outros servidores públicos.

Segundo matéria do InfoMoney, o parlamentar afirma que conseguirá as 171 assinaturas necessárias para pedir a instalação da CPI já na próxima semana. Chrisóstomo diz já ter coletado mais de 100 aceites, de partidos que vão, desde o PL, até outras siglas como União Brasil, Republicanos, Podemos, PSD, MDB, PP, e Solidariedade.

“Existe um sentimento de indignação com esse roubo bilionário contra os que mais precisam. Estamos falando de idosos, pessoas em cadeira de rodas, gente que não consegue sequer sair da cama. Estamos falando de um roubo bilionário contra os que mais precisam,” afirma.

Questionado sobre o escopo da CPI, tendo em vista que o período investigado contemplaria o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), ele diz que pretende trabalhar na linha de investigação da Polícia Federal. O parlamentar alega que o esquema começou em 2016, sendo potencializado nos anos seguintes, o que contradiz as investigações da PF, que apontam que os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas.

O Coronel Chrisóstomo destaca ainda que as investigações não envolvem apenas o ex-presidente do INSS, mas também 11 sindicatos envolvidos.

Apesar do suposto apoio volumoso que a proposta de Chrisóstomo tem recebido, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), minimizou a possibilidade de uma CPI para o caso.

“Acho que é fogo de palha, porque os casos começaram em 2019. Em 2023, entra Vinicius Carvalho, ministro da CGU do governo Lula, e é ele quem abre a investigação e chama a Polícia Federal. Quando a gente vai ver o grosso do que aconteceu foi ali. A atitude do governo Lula foi o melhor que podia fazer, investigar,” defende o parlamentar.

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