Deputado sai em defesa de baiana que escreveu ‘perdeu, mané’ com batom no 8/1

O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) saiu em defesa da baiana Débora Rodrigues, autora da pichação “perdeu, mané” com um batom na estátua da Justiça durante os atos na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro de 2023. O parlamentar rechaçou a possível sentença de 14 anos de prisão estabelecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) contra a cabeleireira. 

“Que golpe é este que tanto falam que a Débora participou sem armas, sem líder, apenas com um batom. Uma marca de batom que foi tirada da estátua com água e sabão. Será que a vereadora acha que essa pessoa realmente merece pegar 14 anos de prisão? Mais do que estupradores, inclusive. Onde está a justiça nisso? Será que os filhos desta mulher, a família estão bem com esta decisão?”, disse o deputado em entrevista ao bahia.ba

Durante a sessão ordinária de terça-feira (8) na Câmara Municipal de Salvador (CMS), a vereadora Aladilce Souza (PCdoB) defendeu a condenação de Débora Rodrigues pelo Supremo. No plenário, a edil condenou o PL da Anistia para os envolvidos nos atos do 8 de janeiro.

“Não há como não falar que é um sentimento de vingança daqueles que acham que mandam no Brasil. Por qual motivo não liberaram para prisão domiciliar a Débora antes? Por qual motivo só agora que há pressão popular? Estamos falando de justiça ou de vingança?”, acrescentou o Leandro de Jesus. 

Em março, o relator do caso na Corte, Alexandre de Moraes, autorizou a prisão domiciliar de Débora Rodrigues dos Santos, que estava presa preventivamente desde 2023. Foram impostas também medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de usar redes sociais, de se comunicar com outros investigados e de dar entrevistas sem autorização do STF

No Supremo, o placar para a condenação da baiana está em 2×0. A expectativa é que o julgamento seja retomado neste mês após um pedido de vista de Luiz Fux. 

Ré, Débora Rodrigues responde pelos crimes de crimes de associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.