Publicado em 11/04/2016 às 07h20.

Deputados do PT preparam debandada após eleições municipais

O movimento inclui nomes como os de dois ex-presidentes da Casa — Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) — e da ex-ministra Maria do Rosário (RS)

Redação
(Foto: Divulgação)
Ex-ministro Tarso Genro (Foto: Divulgação)

 

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, 26 deputados federais do PT discutem o desembarque coletivo do partido após as eleições municipais de outubro, sob a liderança do ex-ministro Tarso Genro, que organiza a criação de uma nova legenda. Os descontentes representam quase a metade da bancada petista em exercício na Câmara: 57.

O movimento inclui nomes como os de dois ex-presidentes da Casa — Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) — e da ex-ministra Maria do Rosário (RS). A desfiliação começou a ser organizada no segundo semestre de 2015, com ponto de partida a criação da tendência “Muda PT”, que somava 35 parlamentares à época.

Originalmente, os insatisfeitos se valeriam de uma janela aberta para que parlamentares deixassem seus partidos sem perda de mandato, mas essa brecha foi fechada em 31 de março.

A saída não foi explorada por causa do avanço do processo de impeachment de Dilma Rousseff no Congresso. Com o risco de afastamento da presidente, os petistas tiveram que concentrar seus esforços na defesa do mandato. Daí a decisão de retomar o debate após a corrida municipal.

Até lá, será possível mensurar os danos sofridos pela legenda e suas perspectivas para as eleições de 2018. “Nossa prioridade é defender o governo”, afirmou Maria do Rosário. Segundo articuladores do movimento, o ex-líder do governo Henrique Fontana (RS) também integra o grupo numa aliança com Tarso Genro.

Deputados estaduais gaúchos ligados a Fontana já avisaram a seus apoiadores a decisão de sair do PT depois das eleições. A hipótese foi aventada em uma reunião com Tarso há cerca de 20 dias. “Alertei nesta conversa que agora nossa tarefa é enfrentar o impeachment. E que só depois das eleições municipais esse assunto teria pertinência”, afirma Tarso, sem descartar a possibilidade.

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