Publicado em 03/11/2025 às 21h55.

Diego Castro defende projeto que proíbe uso de linguagem neutra na Bahia; entenda

Para o parlamentar, o uso do recurso em espaços oficiais compromete a clareza e a uniformidade da comunicação pública

Otávio Queiroz
Foto: Reprodução/YouTube

 

O deputado estadual Diego Castro (PL) voltou a defender o projeto de lei de sua autoria que propõe a proibição da linguagem neutra em documentos, atos normativos, materiais didáticos e demais manifestações oficiais do poder público baiano. Em entrevista ao Politiquestion, podcast do bahia.ba, o parlamentar afirmou que, apesar de ser apresentada como inclusiva, a norma é, na prática, “seletiva”.

“Como é que você vai chegar para uma pessoa portadora de deficiência visual, que depende da Linguagem Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar, e dizer que, de uma hora para outra, tudo vai mudar e ela precisa se adaptar à linguagem neutra? Olha a complexidade que isso vai trazer”, disse o deputado.

A linguagem neutra, também chamada de linguagem inclusiva, busca substituir termos com marcação de gênero por formas consideradas mais abrangentes, como “todes” em vez de “todos” ou “todas”. O recurso é utilizado por pessoas trans, não-binárias e intersexo como forma de inclusão e reconhecimento de identidades que não se enquadram no gênero masculino ou feminino.

Para Diego Castro, no entanto, o uso da linguagem neutra em espaços oficiais compromete a clareza e a uniformidade da comunicação pública. O parlamentar argumenta que o projeto busca “preservar a integridade normativa da língua portuguesa” nos atos administrativos e educacionais do estado, garantindo, segundo ele, que as informações sejam acessíveis a toda a população.

Otávio Queiroz
Soteropolitano com 7 anos de experiência em comunicação e mídias digitais, incluindo rádio, revistas, sites e assessoria de imprensa. Aqui, eu falo sobre Cidades e Cotidiano.

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